Aberto em Roma o XVI Congresso Internacional de Arqueologia Cristã
Roma (RV) – “Transcorreram 1.700 anos da vitória de Constantino sobre Massenzio,
na Ponte Milvio, em Roma, no ano de 312 e do Edito de Milão, em 313, com o qual Constantino
pôs fim a toda perseguição religiosa e permitiu ao cristianismo de se desenvolver
livremente na sociedade romana e tornar-se uma das fontes principais da civilização
ocidental. Me impressiona o fato que naquele tempo foram construídas imponentes basílicas
cristãs de grandes dimensões, que testemunham quão forte devia ser a Igreja durante
as ferozes perseguições. Esperemos que também as atuais perseguições aos cristãos,
realizadas de maneira diferente, contribuam para reforçar e amadurecer a fé”.
Com
estas palavras, o Prefeito da Congregação para a Educação Católica e Grande Chanceler
do Pontifício Instituto de Arqueologia Cristã, Cardeal Zenon Grocholewski, abriu o
XVI Congresso Internacional de Arqueologia Cristã que se realiza na prestigiosa sede
do Augustinianum, a poucos passos da Praça São Pedro. O encontro, que se realiza
até dia 28 de setembro, reúne 300 estudiosos de 31 países e é dedicado justamente
à Constantino, no ano em que celebra-se os 1.700 anos do Edito sobre a liberdade religiosa.
O tema do encontro é “Constantino e 'a Dinastia Constantina': as inovações constantinas,
as suas raízes e o seu desenvolvimento”.
Também na abertura dos trabalhos,
a saudação do Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura e da Pontifícia Comissão
de Arqueologia Sacra, Cardeal Gianfranco Ravasi, que recordou em como o desafio cultural
de hoje seja justamente colocar em confronto arte e fé, um desafio similar ao que
se vivia no mundo de Constantino, onde a arte cristã era um testemunho visível da
fé em um mundo pagão.
Falando especificamente do Pontifício Instituto de Arqueologia
Cristã, o Cardeal Grocholewski afirmou que “hoje o PIAC faz parte do mundo grande
e variado das instituições acadêmica ligadas à santa Sé. Enquanto a maioria são faculdades
de teologia, o PIAC faz parte de um grupo menos, mas também importante de instituições
que se ocupam de matérias e disciplinas que se encontram, ao menos em parte, também
nas universidades laicas. Neste sentido, estas instituições constituem um importante
canal da Igreja Católica com o mundo acadêmico não teológico, e a sua missão também
é aquela de dedicar-se em colaborar com as universidades leigas dos diversos países
do mundo, numa atitude de pesquisa sincera da verdade”.
O Presidente do Congresso,
Prof. Vincenzo Fiocchi Nicolai, que também é Reitor do Pontifício Instituto de Arqueologia
Cristã, sublinhou que “a utilização coordenada de fontes literárias e documentações
materiais é uma das características” da arqueologia cristã. A disciplina – explicou
– une na mesma pesquisa o estudos de textos, da liturgia, da literatura, à análise
de documentos e de objetos.
Na mensagem enviada aos congressistas e assinada
pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, o Papa Francisco “agradece vivamente
a contribuição dos estudos que será oferecida sobre este tema de grande relevância
histórica e cultural, em particular para o fundamental valor da liberdade religiosa”.
O
programa e outras informações sobre o congresso podem ser encontrados no site do Pontifício
Instituto de Arqueologia Cristã www.piac.it, na página (JE)