2013-09-18 17:54:48

Na América Latina, mortalidade infantil de crianças pobres é 5x superior à média mundial


Cidade do Panamá (RV) – Não obstante a queda na taxa de mortalidade materno-infantil na América Latina, continuam a existir graves desigualdades no que diz respeito ao acesso aos serviços de saúde de mulheres e crianças, devido à pobreza. Segundo o Banco Mundial, delegações de 30 países, agências internacionais e a sociedade civil encontraram-se recentemente no Panamá para renovar o compromisso em favor da saúde materno-infantil e, entre os temas principais, foram debatidas formas de evitar que as crianças latino-americanas morram sem motivo.

A iniciativa no Panamá é “Uma promessa renovada” do acordo proposto pela UNICEF para a redução da mortalidade infantil, assinado por 165 países, 32 dos quais encontram-se na América Latina. O encontro teve como objetivo propor medidas para a eliminação da mortalidade infantil ‘evitável’, além de garantir o nascimento das crianças com boa saúde e reduzir a mortalidade a nível mundial de 57 em cada 1 mil nascidos vivos em 2010, para 20 em cada mil até 2035.

Na América Latina e no Caribe, o nível sócio-econômico dos pais continua a ter um grande impacto no futuro dos filhos. Não obstante a queda de quase 50% das mortes registradas nos últimos anos, as crianças das famílias de baixa renda tem uma probabilidade 5 x maior de morrer antes de completar 5 anos de idade. A maior parte destas mortes poderia ser evitada.

Entre os objetivos do encontro do Panamá está também a melhoria da assistência materna. Os primeiros mil dias de vida de um ser humano estão entre os mais importantes e as boas condições da saúde materna são fundamentais para erradicar as mortes infantis evitáveis.

Nos últimos 20 anos, a taxa de mortalidade infantil na América Latina diminuiu 40%. Todavia, não obstante isto, existe grande variação segundo o grupo étnico e as condições sociais ou econômicas das mulheres.

As mortes relacionadas com a gravidez entre as mulheres indígenas da região são três vezes maiores. Na Nicarágua, o problema foi enfrentado instalando clínicas maternas para mulheres grávidas nas zonas remotas do país. (JE)









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