Papa Francisco à Presidente dos Focolarinos: "Sigam em frente, com coragem e alegria"
Cidade do Vaticano (RV) – Um colóquio “muito familiar”, “um momento muito comovente”,
um encontro que “nos revelou o quanto é precioso para o Papa um cristianismo comprometido
e de comunhão”. Assim, a Presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, descreveu
a Audiência com o Papa Bergoglio realizada nesta sexta-feira, no Vaticano. “Nos disse
para seguirmos em frente com o bem que fazemos, para seguir em frente com coragem
e com alegria”, contou à Rádio Vaticano a sucessora da fundadora do Movimento, Chiara
Lubich, falecida em 2008.
“Foi um momento muito comovente, porque nos acolheu
com uma grandíssima cordialidade, agradecendo-nos pelo belo trabalho que o Movimento
faz em todo o mundo”, afirmou Voce, sublinhando que o Papa conhecia o Movimento, “também
pela sua experiência argentina”.
Na Audiência, a Presidente do Movimento dos
Focolares pode contar ao Pontífice a experiência vivida em Amã, na Jordânia, com as
comunidades cristãs e os momentos de oração comum pela paz com cerca de 30 muçulmanos.
“Ele ficou comovido e disse: ‘mas também na Praça São Pedro havia pessoas com o Alcorão
na mão e rezavam”. Então, senti que esta oração vai muito além da confissão religiosa.
E então, recordei a ele a sua amizade com os judeus. Se sentia uma abertura grande
a toda a humanidade, o seu desejo de abarcar toda a humanidade”.
No “colóquio
muito familiar” o Pontífice contou “como chegou à decisão de convocar o Dia de Jejum
e Oração pela paz e como havia sentido que era Deus que o movia a fazer isto; e tinha
sentido também que devia tomar esta decisão junto aos seus mais estreitos colaboradores,
porque dizia: ‘Deus fala quando estamos unidos: quando estamos unidos em seu nome,
é ali que Deus fala. Deus não fala ao chefe sozinho: fala à comunidade’”.
“Nós
lhe perguntamos se havia alguma coisa que ele quisesse dizer ao Movimento – contou
Voce – e ele nos disse para seguirmos em frente com o bem que fazemos, de seguir em
frente com coragem e com a alegria. Nos recomendou a alegria, porque ‘Tantos dizem
que o sorriso é a marca dos Focolarinos: assim, é necessário continuar com esta alegria
porque um cristão sem alegria não consegue nada’.
“Eu diria que ele falou de
um cristianismo comprometido, um cristianismo de comunhão, ele sentia muito forte
esta necessidade de se estar sempre em comunhão e alegres”. (JE)