Cidade do Vaticano (RV) – Washington prossegue a sua campanha de persuasão
internacional sobre a oportunidade de uma intervenção militar na Síria. O Secretário
de Estado John Kerry em Paris conseguiu o consenso dos europeus e árabes. O presidente
sírio, Bashar al Assad, declara que, em caso de ataque contra a Síria, haverá “retaliação”.
É uma verdadeira ofensiva diplomática a que está realizando o Secretário de Estado
John Kerry, antes do Congresso dos EUA votar a intervenção punitiva contra Bashar
al-Assad, acusado de ter usado gás sarin contra o seu povo. Paris, na liderança dos
países europeus em favor de uma ação militar, reafirma que estará ao lado de Washington.
Kerry disse que vai dar 7 dias para Assad entregar as armas químicas. O Ministro francês
do Exterior Fabius se disse feliz que sete países do G-8 e 12 do G-20 estão do lado
de Obama.
Entre os países árabes, a favor de uma intervenção estão os países
do Golfo, mantendo-se céticos Líbano e Jordânia: na fronteira com a Síria, temem levar
o conflito a seus territórios nacionais. Por sua vez, também a Casa Branca agora admite
que “há muitos riscos” no ataque, mas que é preciso ter cuidado para limitar os objetivos.
Entretanto,
Assad voltou a defender-se e o fez na rede norte-americana CBS: “Não há nenhuma prova
de que fui eu a usar armas químicas. Nego firmemente” e a propósito da possibilidade
de ataque insistiu que seus aliados vão defendê-lo. Enquanto isso, na Síria a os combates
continuam: a pequena cidade de Maaloula, de maioria cristã, ao norte de Damasco, rica
de antigos mosteiros, está agora nas mãos dos rebeldes. Alguns deles são os jihadistas
da frente al-Nousra. (SP)