Rei Abdallah II na Jordânia: cristãos e muçulmanos devem se aliar contra o sectarismo
Amã (RV) – A proteção dos direitos dos cristãos nos conflitos de matriz religiosa
que dilaceram o Oriente Médio “não é uma questão de cortesia, mas um dever”, também
porque “os cristãos árabes exercitaram um papel-chave na construção das sociedades
árabes e na defesa das justas razões da nossa nação”. Assim o Rei Abdallah II da Jordânia
se dirigiu aos participantes da Conferência que se encerrou na quarta-feira em Amã
(The Challenges of Arab Christians, 3-4 de setembro) sobre os desafios que aguardam
os cristãos árabes.
O Monarca hachemita, falando a mais de setenta altos representantes
das Igrejas e das comunidades eclesiais radicadas no Oriente Médio, destacou a necessidade
de uma aliança entre cristãos e muçulmanos para enfrentar e derrotar juntos o sectarismo
que alimenta os conflitos em toda a região, apresentado como um corpo estranho em
relação “às nossas tradições e à herança humanitária e cultural”.
Cristãos
e muçulmanos devem “coordenar os esforços e a plena cooperação”, porque justamente
o isolamento entre os seguidores das várias religiões pode “ameaçar o tecido social”
– disse o Rei Abdallah citado pela Agência Fides -.
Nesta perspectiva, o chefe
da Monarquia Hachemita reiterou o seu empenho em colaborar “com todo esforço” para
a proteção da identidade árabe cristã.
“Os árabes cristãos”, reconheceu o
Rei Abdallah “são capazes de compreender mais do que ninguém o Islã e os seus verdadeiros
valores” e por isso podem defender o Islã dos preconceitos difusos de quem “ignora
a essência desta fé, que prega tolerância e modernização e rejeita o extremismo e
o isolamento”.