2013-09-04 19:43:15

Acolhimento, festa, missão - elementos característicos da JMJ de Rio: Papa na Audiência geral. Apelo à participação, sábado, na oração e jejum pela paz


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Depois da pausa de verão durante o mês de Agosto, o Papa Francisco retomou nesta quarta-feira, às 10.30 na Praça de São Pedro as audiências gerais. A sua catequese foi dedicada à JMJ do Rio de Janeiro que quis recordar a um mês de distância para, disse, captar melhor o seu significado.

O Papa agradeceu antes de mais a Deus e a Nossa Senhora de Aparecida por aquilo que definiu “um belo presente” sobretudo para ele, originário da América. E antes de agradecer de novo às autoridades brasileiras e a todos quantos tornaram possível o sucesso daquele evento, o Papa recordou a sua peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem – frisou - esteve sempre presente no palco da JMJ. Lembrou ainda que precisamente nesse Santuário tinha havido com o Papa Bento XVI a Assembleia dos Bispos latino-americanos e das Caraíbas, uma etapa significativa do “caminho pastoral para essa parte do mundo, onde vive a maior parte, da Igreja católica”.

Francisco pôs depois em realce um dos elementos que a seu ver caracterizou essa JMJ. O acolhimento dos peregrinos pela famílias e paróquias brasileiras, definindo os brasileiros “boa gente, com um coração realmente grande”.

Sublinhando que a peregrinação comporta sempre um pouco de incómodo, o Papa Francisco disse que o acolhimento ajuda, todavia, a ultrapassar esse incómodo e delas nascem relações que permanecem no tempo, sobretudo através da oração. “Também assim cresce a Igreja em todo o mundo, como que uma rede de verdadeira amizade em Jesus Cristo, uma rede que te apanha e te liberta ao mesmo tempo. Portanto, acolhimento: esta a primeira palavra que emerge da experiencia da viagem no Brasil.”

Uma outra característica da JMJ de Rio – disse o Papa – é a festa. Ver tantos jovens com bandeiras diferentes de todo o mundo, saudando uns aos outros, é uma verdadeira festa. Mas a festa ainda maior é a festa da fé que leva a cantar, a louvar juntos o Senhor, a ouvir a sua Palavra. Este era o verdadeiro escopo da JMJ, disse ainda o Papa sublinhando, mais uma vez, que esta é a grande festa: “Esta é a grande festa, a festa da fé e da fraternidade, que inicia neste mundo e não terá fim. Mas isto é possível só com o Senhor!. Sem o amor de Deus não há verdadeira festa para o homem!”

Para além do acolhimento e da festa, o Papa indicou ainda um terceiro elemento característico da JMJ de Rio: a missão. Chamando atenção para o tema dessa JMJ “Ide e fazei discípulos todos os povos”, o Papa fez compreender que, tal como fez Jesus com os seus discípulos, também aqui se trata dum convite a sairmos de nós mesmos, de tudo o que nos pode fechar em nós próprios “para levar a luz do Evangelho a todos, até ao extremo das periferias da existência!”
“E foi precisamente este mandato de Jesus que confiei aos jovens que enchiam a perder de vista a praia de Copacabana. Um lugar simbólico à beira do oceano que fazia pensar nas margens do lago da Galileia”. Também hoje Jesus pede para irmos, assegurando-nos de que estará connosco todos os dias – frisou o Papa – recordando que só com Cristo podemos levar o Evangelho aos outros.

Frisado também que um rapaz ou uma rapariga, que aos olhos do mundo conta pouco ou nada, aos olhos de Deus é um apóstolo do Reino, é uma esperança para Deus, interpelou os jovens nestes termos: “Quereis ser esperança de Deus? Quereis ser uma esperança para a Igreja? Um coração jovem que acolhe o amor de Cristo, se transforma em esperança para os outros, é uma força imensa!”

E concluiu convidando os jovens a pensar no significado daquela multidão de jovens que encontraram Cristo ressuscitado no Rio de Janeiro e que vivem o seu amor na vida quotidiana e o comunicam, sem saltar aos olhos dos media.
A JMJ – disse ainda o Papa – recorda que a grande noticia da História é Boa Nova.

Depois destas palavras, o Papa saudou aos presentes, dirigindo-se também aos peregrinos de língua portuguesa…. Queridos irmãos e irmãs,
Hoje, recomeçamos o caminho das Catequeses, relembrando a Vista Apostólica ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Nossa Senhora Aparecida acompanhou toda esta viagem, que foi abençoada desde o seu início. Três palavras emergem da experiência da JMJ. A primeira é acolhimento. A generosidade das famílias e paróquias brasileiras que acolheram fraternalmente os peregrinos, superando as dificuldades e inconvenientes, criou uma verdadeira rede de amizade. A segunda palavra é festa. Sem dúvidas, ver jovens do mundo inteiro, saudando-se e abraçando-se é um testemunho para todos. Contudo, a JMJ é acima de tudo uma festa da fé: todos unidos para louvar e adorar o Senhor. Enfim, a terceira palavra é Missão. De fato, o mandato “Ide e fazei discípulos entre todas as Nações” ressoou nos corações de milhões de jovens em Copacabana, como um sinal de esperança para a Igreja! Possam estas três palavras ser mais que uma mera lembrança.

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O Papa dirigiu também uma saudação aos fiéis de lingua árabe, de modo espeical aos provenientes di Iraque, da Jordânia e do Egipto, dizendo-lhes:

“Uni-vos sempre a Cristo edificando o seu Reio com a fraternidade, a partilha e obras de misericordia. A fé é uma força potente capa de tornar o mundo mais justo e belo! Sêde uma presença da misericordia de Deus e testemunhai ao mundo que as tribulações, as provações, as dificuldades, a violencia e o mal não poderão nunca derrubar Aquele que venceu a morte: Jesus Cristo. A todos dou a minha Benção Apostólica!”.

No fim da audiencia o Papa renovou o convite a toda a Igreja a viver intensamente a jornada de jejum e oração para a paz na Síria, no Medio Oriente e no mundo inteiro, exprimindo desde já o seu agradecimento aos outros irmãos cristãos e de outras religiões ,e a homens e mulheres de boa vontade, que quererão unir-se, em lugares e modos próprios, a esse momento de oração que terá lugar no sábado 7 do corrente mês, ao longo do dia, culminando na vigilia de oração na Praça de São Pedro das 19 horas à meia noite, para invocar do Senhor o dom da paz…
“Que se eleve forte em toda a terra o grito da paz!”

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