2013-09-02 12:56:41

Núncio apostólico na Síria agradece o Papa pela sua intervenção a favor da paz


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A propósito do apelo do Papa, neste domingo, a Rádio Vaticano interpelou telefonicamente o Núncio Apostólico na Síria, D. Mario Zenari, que considerou que são palavras que não deixarão de levar esperança à população e abalar as consciências de todos, sobretudo de quem neste momento tem nas mãos os destinos do mundo”.

R. – Trata-se de um apelo muito forte que apareceu nestes dias em que todo o mundo vive com o respiro suspenso. A iniciativa é igualmente oportuna e muito bela, será, certamente, também apreciada pela maior parte dos meios muçulmanos, porque sabemos quanto apreciam a oração e o jejum. Acho que este discurso deve ser lido e interpretado do início ao fim. O mais belo comentário são as expressões do rosto do Santo padre e os seus gestos: neste discurso há de tudo, há de tudo para todos neste apelo! É um apelo dirigido a todos, e como dizia Jesus, no Evangelho: “quem tem ouvidos para entender, que entenda”.

D. – O Papa falou de “um juízo de Deus” e de “um juízo da Historia sobre as nossas acções, das quais não se pode fugir”. Uma forte chamada à consciência de cada um…

R. – Fizeram realmente impressão estas palavras do Santo Padre. Certamente abalam as consciências de todos, e sobretudo de quem tem nas mãos os destinos do mundo e deste conflito.

D. – O Papa interpelou também todos os homens de boa vontade: os irmãos cristãos não católicos, os que pertencem a outras religiões… Todos. Mesmo os não crentes, serão todos convocados à Praça de São Pedro, no dia 7 de Setembro, para rezar “pela amada Nação Síria – disse – e por todos os conflitos”. É, verdadeiramente, uma chamada a toda a humanidade…

R. – Eu diria que a paz é um dom de Deus para a humanidade inteira; é um dom para todos. Portanto, todos participamos ou todos sofremos pela falta deste dom e por isso estamos todos interessados. É algo que temos em comum e portanto somos todos chamados neste momento tão crítico, tão delicado a unir, independentemente do credo, a nossa participação a este dom que vem do Céu, mas que é também a nós confiado, que é confiado à nossa responsabilidade de o manter e de o proteger.

D. – É importante fazer chegar estas palavras aos grandes do mundo, mas também à população: vai fazer-se porta-voz do que escutou neste domingo?

R. –Certamente. Foi – penso – um grande encorajamento para todos, nestes dias, nestas horas tão difíceis, e nós estamos muito, mesmo muito, reconhecidos ao Santo padre.

D. – Existe ainda medo e tensões entre vós, aí? Qual é o clima que se vive neste momento?

R. – Eu, diria, sim: a tensão é visível. Basta olhar para as pessoas que metem junto as poucas coisas de que dispõem e que procuram levar consigo a um país qualquer vizinho daqui. Diria que este apelo do Papa constituirá, certamente, uma luz, uma semente de esperança para todos. Esperamos que não somente da escuta dessas palavras, mas também a partir da oração e do jejum, este dom da paz possa ser salvado u recuperado…








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