2013-09-02 12:47:36

Na Amazônia, Francisco pede Igreja mais corajosa e destemida


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – A Amazônia como um grande jardim, respeitado e cuidado pelo homem. Assim o Papa Francisco se referiu a essa grande porção do território brasileiro, no encontro com os membros da CNBB, por ocasião de sua visita ao nosso país.

Francisco indicou o que diz o Documento de Aparecida a propósito da Amazônia, incluindo o forte apelo ao respeito e à salvaguarda de toda a criação que Deus confiou ao homem. Sobre a atuação da Igreja brasileira neste contexto, o Santo Padre agradeceu de modo especial a Comissão Episcopal para a Amazônia, criada em 1997.

“A Igreja está na Amazônia não como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderam”, disse ele. Desde o início, ela está presente com missionários, congregações religiosas, sacerdotes, leigos e bispos, e lá continua presente e determinante no futuro daquela área.

O Pontífice fez uma exortação, acrescentando que deveria ser mais incentivada e relançada a obra da Igreja. “Fazem falta formadores qualificados, especialmente formadores e professores de teologia, para consolidar os resultados alcançados no campo da formação de um clero autóctone, inclusive para se ter sacerdotes adaptados às condições locais e consolidar por assim dizer o «rosto amazônico» da Igreja. Nisto lhes peço, por favor, para serem corajosos, para serem destemidos.”

O atual presidente dessa Comissão que o Papa citou é o Arcebispo emérito de São Paulo, Card. Claudio Hummes, que fala justamente das características que o missionário deve ter:

“A missão na Amazônia exige muito em termos de despojamento, de pobreza, de trabalho exigente, cansativo, etc. Isso acaba dando felicidade a quem se dedica e enfrenta, e participa disso, para o Reino de Deus e para o próximo. Aquela gente é muito pobre, muito precisada: é uma periferia da Igreja e do Brasil. É ali que os religiosos encontram de novo o sentido de seu carisma, às vezes muito mais do que na cidade, em meio às comodidades, onde tudo parece que acaba se esvaziando, os valores vão se perdendo, e aos poucos, às vezes os religiosos e religiosas perdem um pouco o sentido da vida e vão atrás de coisas que não têm nada a ver com os ideais, a vocação e a missão que temos no mundo”.
(BF/CM)







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