Cardeal Martini - Arcebipo Bruno Forte destaca o seu amor ilimitado à Igreja e ao
Papa
No dia 31 de Agosto
de 2012, na casa dos Jesuítas em Gallarate, província de Varese – norte da Itália
–, morria, aos 85 anos, o Cardeal Carlo Maria Martini. Tendo entrado na Companhia
de Jesus com apenas 17 anos, foi reitor do Pontifício Instituto Bíblico e, depois,
da Pontifícia Universidade Gregoriana. Em 1979 João Paulo II nomeou Arcebispo de Milão,
de cuja arquidiocese esteve à frente até 2002. Insigne biblista, entre as suas iniciativas
mais importantes recordamos a criação, na arquidiocese, da "Escola da Palavra", a
fim de aproximar os leigos da Sagrada Escritura mediante o método da Lectio divina. A
esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o Arcebispo de Chieti-Vasto - centro da Itália
–, Dom Bruno Forte, que por mais de trinta anos foi amigo do Cardeal Martini. Confidenciou-nos
numa entrevista conduzida por Debora Doninni ter sido a amizade com o Cardeal Martini
algo que cresceu no tempo em liberdade, no desejo que os unia profundamente de servir
a Cristo e à Igreja com grande dedicação. O Arcebispo Bruno Forte pode testemunhar
como o Cardeal amava e venerava o Sucessor de Pedro, e como também esse seu desejo
de uma reforma na Igreja fosse inspirado unicamente pelo amor à Igreja e pelo desejo
de colaborar com o ministério de Pedro, a fim de que este pudesse expressar-se em
toda a sua riqueza. Dom Bruno Forte considerou ainda que para o Cardeal Martini
reverenciar Deus significava estar sempre na Sua presença, ter a consciência de que
Ele sempre nos olha e nos protege. O Cardeal Martini, continuou Dom Bruno teve esse
profundo respeito a Deus, a toda criatura – toda criatura humana em particular –,
e esse respeito profundo expressou-se justamente na atenção à contribuição que cada
um pode dar, à escuta do outro. E, ao mesmo tempo, ao sincero, humilde, convicto testemunho
da própria identidade em relação ao outro.