Rio de Janeiro (RV) - Passou-se um mês da belíssima experiência da Jornada
Mundial da Juventude Rio 2013! Foram muitas as realizações e emoções. Acredito que
teremos muito tempo ainda para poder acolher e aprofundar as experiências pelas quais
passamos. Nesta semana, começamos a fazer os relatórios da Jornada para uma avaliação
geral. Mas a experiência que se difundiu pelo mundo deverá ainda ter muitos desdobramentos.
Os corações que foram aquecidos por esse momento no Rio de Janeiro ainda darão belos
e importantes depoimentos.
Nessa Jornada tivemos muitas mudanças desde o inicio:
um ano a menos de preparação; a cruz da juventude e o ícone de Nossa Senhora já terem
sido entregues ao final da Jornada de Madri; as trocas de locais (Base Aérea de Santa
Cruz e Guaratiba); a renúncia e eleição do Papa; o empobrecimento de algumas regiões
do mundo, que fez diminuir a presença de jovens dessas nações; as questões de atentados
pelo mundo, que aumentaram a preocupação com a segurança; as catástrofes em locais
fechados em nosso país, que levaram ao fechamento de tantos locais destinados a atos
culturais; as várias manifestações contrárias à religião e à igreja nas várias mídias
e a ameaça delas durante a Jornada e, também, a pouca tradição de jornadas em nosso
continente latino americano – a única até então, tinha acontecido em Buenos Aires,
na Argentina, há 26 anos e tantas outras situações novas.
As novidades da
“semana missionária”, o “centro de controle e gestão” para a segurança do peregrino
e a partilha de informações com os demais órgãos responsáveis foram incorporadas na
tradição das jornadas. Os legados espirituais, sociais, morais, ecumênicos, internacionais,
culturais, inter-religiosos e ecológicos permanecerão como testemunhos do evento e
serão exemplos para o mundo e para o futuro. A experiência da juventude do mundo caminhando
com segurança e feliz pelas nossas ruas será para o carioca uma visão confortadora
que permanecerá sempre como um ideal ou proposta a ser atingida na convivência de
pessoas em nossa cidade.
A atuação do Comitê Organizador Local, com bispos,
padres, consagrados, leigos e leigas de todas as idades, em especial com muitos jovens,
fez com que tivéssemos muitas novas iniciativas e encaminhamentos com criatividade
juvenil. Agradeço a todos os que desempenharam esse serviço, assim como a tantos outros
que estavam trabalhando nas diversas partes do país e do mundo. Sem dúvida que os
voluntários locais, nacionais e internacionais, somados aos das Dioceses e das Paróquias,
formaram um belo testemunho de dedicação e participação – obrigado a vocês! O Papa
Francisco lhes disse: “sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde
nada: ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!” As atividades do COL
merecem um capitulo à parte. Agradecemos em especial aos que diretamente colaboraram
durante esse tempo de organização e realização: tivemos uma grande colaboração das
pastorais e movimentos juvenis, universidades, novas comunidades, religiosos e religiosas
dos diversos institutos, diáconos, padres e cristãos leigos e leigas do Brasil e do
exterior que se disponibilizaram como voluntários para servirem nesse trabalho evangelizador.
O Conselho do Comitê composto por tantas pessoas experientes nos diversos campos da
sociedade nos deu a segurança necessária para as grandes decisões assim como todos
os responsáveis pelos diversos departamentos e setores.
A peregrinação da cruz
e do ícone de Nossa Senhora, juntamente com a Pós-Jornada, responsabilidade da CNBB,
a quem agradecemos a parceria e que tão bem a organizou, foi outro momento importante:
a motivação juvenil por todo o país vivenciando esses momentos, que os coloca a caminho
de serem fermentos de um mundo novo. O mesmo se diga da organização das “Semanas Missionárias”
pelas Dioceses do Brasil. Louvado seja o Senhor por todos os irmãos bispos que, com
seus presbíteros, religiosos e leigos, fizeram acontecer tão belos momentos! Aos irmãos
bispos do Brasil, com seus presbitérios e povo jovem – obrigado pela presença de todos!
Foi muito bom tê-los encontrado aqui, mesmo com nossas fragilidades e dificuldades.
Aqui
em nossa Arquidiocese, a presença dos vigários episcopais, párocos e demais sacerdotes
nas paróquias, nos movimentos, nas adorações e orações, nas organizações de acolhida
e catequeses pelas paróquias levam-me a agradecer a Deus por todos vocês! Apesar das
dificuldades de comunicação, as paróquias se prepararam muito bem, e, com a criatividade
e o “jeito brasileiro” de resolver questões complexas aparecidas de última hora durante
a Jornada, nos fizeram superar barreiras e dificuldades aparentemente instransponíveis.
Os testemunhos são belíssimos! A superação do número de vagas e as surpresas de cada
momento contaram com a generosidade de todos os paroquianos. Os diáconos, sinais da
Igreja servidora, presentes em tantos campos da JMJ demonstraram a importância e necessidade
dessa vocação na igreja.
Mesmo as paróquias e casas que, embora preparadas
não tiveram quem acolher, saibam que somos gratos a vocês por essa disponibilidade.
Essa disposição revoluciona a sociedade, que sempre coloca desconfiança entre as pessoas,
gerando medo entre os seres humanos. A experiência de quem se preparou para acolher
ficará sempre no coração daqueles que se abriram para esse momento. Esta é uma experiência
que permanecerá: meu agradecimento especial a todos que se dispuseram a assim fazê-lo.
Tínhamos muito mais vagas do que precisávamos, como uma segurança necessária para
momentos inesperados, como houve.
A presença dos seminaristas que se dedicaram
em tantas atividades antes, durante e depois da JMJ foi marcante – como sei que também
a participação marcou suas vidas para sempre! Que aquilo que puderam participar esteja
sempre em seus corações como uma bela experiência de Deus. A todos os consagrados
e consagradas tanto da vida religiosa como nas novas comunidades: o engajamento de
todos vocês foi e está sendo essencial nesse momento único que vivemos. Transmitam
a todos os seus irmãos e irmãs o nosso agradecimento.
Uma especial menção tem
que ser feita para as comunidades que rezaram pela JMJ. Também aos jovens adoradores
daqui e de longe que passaram noites de intercessão! O segredo de tudo, sem dúvida
iremos encontrar na oração incessante de nosso povo. Diante de tantas mudanças e dificuldades,
a ação de Deus se fez sentir. Pedimos que continuem rezando nessas intenções: pela
juventude e para uma boa conclusão da JMJ.
A acolhida do povo fluminense (sede
e subsedes) marcou a vida dos peregrinos e, tenho certeza, marcou também as vidas
dos voluntários e famílias acolhedoras. Vocês se superaram! Louvado seja o Senhor!
Muitas histórias ainda ouviremos dessa experiência maravilhosa que foi a Jornada!
As esperas, a busca nos ônibus, a alimentação, a fraternidade surgida, o “fazer parte”
da família... Os peregrinos retornaram com saudades da acolhida do povo do Rio de
Janeiro. O índice de satisfação das pessoas que foram pesquisadas, tanto das que receberam,
como das que foram recebidas demonstra, como retratam as estatísticas, aquilo que
o Senhor fez no coração e na vida de nosso povo nesses dias. A emoção das despedidas
e a continuação da comunicação mesmo de longe entre famílias acolhedoras e peregrinos
acolhidos nos remetem a um outro tempo de relacionamento e de fraternidade
A
beleza dos vários eventos: catequeses, atos culturais, celebrações, visitas, feira
vocacional, cidade da fé, eventos centrais e tantos outros momentos ficarão marcados
na história dessa cidade. As paróquias ainda ecoam a alegria do povo em receber para
hospedar e para as catequeses os irmãos e irmãs que vieram e se sentiram parte da
família. Nos eventos centrais, a participação de tantos artistas e cantores, que,
mesmo enfrentando dificuldades, com sua participação e carisma, deram um brilho especial
pelo seu desempenho. As experiências vividas nesses dias começam a mudar também o
comportamento da cidade: temos um novo parâmetro de cidadania demonstrando do que
se é capaz! A “chuva criadeira” foi o anúncio da Palavra no “campo da fé” do coração
todos os que se abriram à ação do Espírito Santo que gerou novas forças evangelizadoras
na Igreja que, entusiasmadas pela experiência cristã, farão diferença em nossas comunidades
na missão de discípulos missionários.
A sociedade sentiu-se muito bem acolhida
no Teatro Municipal, a quem agradecemos pela parceria. Na preparação do povo de Varginha,
no Hospital São Francisco e no encontro com os esportistas aconteceram lindos momentos,
e peço que essas belas marcas permaneçam como compromisso para o futuro. Agradecemos
a cada um que desempenhou sua missão e trabalhou para que tudo fosse para a “maior
glória de Deus”.
As autoridades nacionais, estaduais e municipais em todos
os âmbitos: executivos, legislativos, judiciários, do setor de segurança ou de relações
exteriores, polícia militar e forças armadas, polícia federal e secretaria de grandes
eventos: as preocupações e o trabalho realizado nos fizeram ainda mais próximos e
unidos na mesma busca de fazer o melhor. Foram muitos que ficaram de plantão em vários
postos para bem servir ao evento: Deus os abençoe sempre mais! Os atos oficiais deram
a tônica de que era também um Chefe de Estado que visitava o nosso país. As cartas
pessoais do Santo Padre agradecendo a todos dão mostras do carinho e da gratidão de
toda a Igreja.
Às empresas que confiaram no evento e nos apoiaram: que Deus
retribua com bênçãos e esperanças sempre renovadas – vocês fizeram parte de um evento
histórico. Aos benfeitores de todos os lugares que compartilharam os nossos sonhos
e continuam nos apoiando: bendito seja o Senhor por tão belos exemplos! Os que prestaram
serviços de transporte, alimentação e outros para os peregrinos marcaram a vida deles
pela generosidade e eficiência. Os responsáveis pelos aeroportos, estações rodoviárias
e transportes na cidade, no estado e no país desempenharam um papel muito importante
e demonstraram que, unidos, é possível superar limites: obrigado pela participação
e partilha.
Agradecemos de coração aos funcionários da Arquidiocese espalhados
por toda a cidade, que se desdobraram e trabalharam com alegria durante mais tempo
nessa época especial. A parceria que pudemos experimentar vai além do trabalho desempenhado:
foram membros da Igreja vivendo um momento histórico.
A experiência ecumênica
e de diálogo inter-religioso se fez sentir entre nós! Os irmãos cristãos que acolheram
com alegria e abertura esse momento nos deram uma satisfação muito especial, pois
receberam peregrinos, foram voluntários, participaram da JMJ. Os que professam outras
religiões puderam estar juntos e compreenderam a mensagem da JMJ de valorização da
juventude e dos valores humanos. A beleza do encontro das religiões monoteístas foi
um exemplo para o mundo!
Ao Pontifício Conselho para os Leigos, comitê central
da JMJ, e à segurança do Vaticano e aos responsáveis pela Liturgia da Santa Sé que
nos assessoram durante todo o tempo: nossos agradecimentos. À arquidiocese de Cracóvia,
que receberá a próxima jornada: Deus os conduzirá para continuar esse belo caminho
com a juventude. Ali, onde tudo fala do Beato Papa João Paulo II terão oportunidade
de renovar as inspirações iniciais e originais do início desse movimento! Aos jovens
de quase 180 nações, com seus padres e bispos aqui presentes, e que tornaram a universalidade
uma realidade concreta: obrigado! Sabemos dos sacrifícios que passaram para chegar
até o Rio de Janeiro. Aos jovens de todas as Dioceses do Brasil que, além dos trabalhos
locais, também estiveram conosco: agora é tempo de continuar a experiência em sua
comunidade!
Ao povo de Guaratiba, que aguardou com carinho e esperança o grande
momento: a expectativa não foi em vão! A região compreendeu que as questões climáticas
impediram que ali se realizassem os atos centrais finais, mas ficou a atenção da cidade
e do mundo para a região. Assim como Guaratiba, o nosso desejo é que os olhos de todos
se voltem ainda mais para as diversas regiões da cidade, trazendo uma maior qualidade
de vida ao nosso povo. De coração louvamos a Deus pelo belo testemunho dos habitantes
de Copacabana, que leva no nome a menção mariana. Deram um testemunho belíssimo de
acolhimento e solidariedade em todos os momentos, em especial quando da mudança no
final de semana. Os gestos dos moradores ecoaram para o mundo. Todos se recordam o
gesto das portas dos prédios se abrindo para acolher e também os moradores descendo
para proporcionar aos jovens um carinho de um café da manhã. Num local acostumado
a tantos eventos, vocês souberam distinguir a originalidade desse momento. Deus abençoe
cada um de vocês, suas vidas e suas habitações. A imagem de São Francisco de Assis,
abençoada pelo Papa, ficará como marco desse momento na praça onde foi colocada a
pedido da Associação dos moradores. Ali, hoje é lugar de orações na intenção do Santo
Padre. Mas recordamos com carinho todos os demais habitantes desta cidade pelo clima
de alegria e acolhimento! De outra parte, a beleza da praia limpa após o evento, a
paciência dos jovens nas filas, e o clima de paz em todo o evento contagiou não só
os habitantes da região, mas todos os que tiveram conhecimento desses fatos. Tivemos,
porém, várias dificuldades. As de locomoção, a logística inicial e a de entrada nos
atos centrais que podem ter marcado negativamente muitas pessoas. Mas temos certeza
de que o saldo positivo e a participação em tantos belos momentos fizeram superar
essas dificuldades, que lamentamos. Sabemos também que a movimentação financeira em
todos os setores, no país e, em especial na cidade, superou de longe todas as expectativas.
Temos
ainda um longo caminho a percorrer. De um lado o acolhimento no retorno das pessoas
que tiveram seus corações “aquecidos” pela proximidade do Senhor em suas vidas. Também
necessitaremos da ajuda financeira de todos para continuar cobrindo as despesas inesperadas
de tantas mudanças, assim como o menor número de peregrinos inscritos. Temos certeza
de que a generosidade do povo de Deus, com o coração agradecido por tão belos momentos,
demonstrará que, unidos, podemos superar dificuldades. Estaremos logo iniciando uma
campanha neste sentido.
Às conferências episcopais, dioceses, paróquias, casas
religiosas, benfeitores em geral que nos ajudaram e nos ajudam colocando-se junto
conosco nessa luta: é um grande consolo ver a solidariedade e a fé que transmitem
para os que estamos na frente da batalha! Tantas pessoas que incógnitas fazem suas
doações: Deus os conhece e dará a recompensa!
A beleza dos eventos e dos jovens
pelas ruas de nossa cidade fez deste lugar do Brasil um espaço ainda mais belo de
vida e fraternidade. A beleza já cantada em prosa e verso da cidade maravilhosa foi
acrescida da beleza de uma juventude alegre e sadia, que deu testemunho de paz, fraternidade,
ordem, tranquilidade que, mesmo diante de situações limites, soube perdoar e rezar
com quem os ofendia. Em tempos de tantas violências, acreditamos que o mundo mais
justo e mais humano será construído por homens e mulheres que são capazes, com a graça
de Deus, de fazer acontecer, mesmo com sacrifícios, um mundo de justiça e paz. O silêncio
de milhões de jovens capazes de deixar-nos ouvir o barulho das ondas repousarem na
praia de Copacabana nos fala de jovens animados, mas também compenetrados e orantes! Os
meios de comunicação e as mídias sociais desempenharam um papel importantíssimo, seja
nas informações e nos esclarecimentos, e levando para todos os cantos do mundo as
emoções e celebrações desta histórica Jornada! Vocês ajudaram o mundo a participar,
a sentir-se melhor e a querer viver o bem ainda mais intensamente através do seu belo
e importante trabalho. Agradecemos aos vários cantores, produtores, cenógrafos, diretores
e artistas por esta bela e importante missão de evangelização através do desempenho
que tiveram.
Enfim, foram milhões os atores desse magno momento em nossa cidade
– impossível enumerá-los, pois foram todos os participantes de perto e de longe! Estão
todos no coração de Deus! A todos, povo que aqui neste chão carioca se congregou:
obrigado! Muitos artigos, livros e reflexões ainda serão publicados sobre as experiências
vividas e as lições aprendidas nesta jornada do Rio de Janeiro. Talvez o maior evento
desta cidade nos últimos tempos.
Louvamos a Deus pelo Papa Francisco! É o Papa
do entusiasmo! A sua presença humilde e fraterna entre nós nos deu o sabor do que
realmente conta para uma liderança mundial. A sua figura, sinal de paz, passando pelas
ruas de nossa cidade, marcará para sempre a paisagem destas terras. Sem dúvida que
sentimos saudades de sua presença. Mas Aquele que ele nos anunciou – Jesus Cristo
– está presente entre nós e é a nossa vida e alegria. Foi o que ele mesmo disse ao
chegar: que vinha trazer e anunciar Jesus Cristo a todos nós. A sua oração diante
da imagem do Cristo Redentor cada vez que passávamos próximos do Corcovado ficará
para sempre em minha memória. Sua proximidade, sua vida de oração, sua humildade e
entusiasmo nos contagiaram! Os gestos que marcaram a sua passagem por nossa cidade
estão impressos nos corações de todos! Nunca os esqueceremos! São expressões proféticas
de um tempo novo! O compromisso da arquidiocese de rezar todos os sábados no Santuário
Mariano de Nossa Senhora da Penha será uma resposta ao seu insistente pedido: “rezem
por mim”!
Maria, nossa mãe esteve presente! A oração do Santo Padre antes,
na chegada e depois da JMJ junto a Maria demonstra que ele confiou essa JMJ à intercessão
da Virgem Mãe. Tanto as imagens de Nossa Senhora, como também o ícone mariano estiveram
presentes antes, durante e depois da Jornada. A referência a Maria é uma constante
nas homilias do Santo Padre. Pedimos que Nossa Senhora acompanhe a nossa juventude!
Aquela que soube dizer “sim” a Deus ensine sempre mais aos jovens que vale a pena
confiar no Senhor e transmitir ao mundo o grande anúncio da salvação: Jesus Cristo,
o Senhor!
Os peregrinos voltaram para suas casas com os corações aquecidos
por esse belo momento! Os que ficamos nos enriquecemos ainda mais com essa experiência.
Novos parâmetros de convivência, de solidariedade, de fraternidade, de paciência,
de locomoção, de limpeza foram estabelecidos. Aquilo que vivemos nos encontros entre
pessoas que se abriram para se acolher mutuamente demonstraram que um mundo novo é
possível! Como Maria, meditemos tudo isso em nossos corações!
Passado um mês,
olhemos hoje em profundo silêncio meditativo no interior de nosso coração para nossa
cidade e para os locais por onde passou e falou o Papa Francisco; para nossas ruas,
avenidas, casas, salões, escolas e paróquias por onde passaram os jovens e especialmente,
para a praia de Copacabana onde ocorreram os atos centrais, e reflitamos sobre a nossa
experiência desses dias: somos outros, algo nos transformou! Fomos enviados ao mundo
com um coração renovado e ardente para anunciar a vida nova a este mundo. Não foi
um sonho! O que vimos e do qual participamos foi uma realidade que nos transformou!
Não seremos mais os mesmos! Agora é tempo de agradecer, pedir perdão pelos erros,
ajudar a concluir tudo e nos dispor a ir pelo mundo afora partilhando o que experimentamos
em nossas vidas durante esses dias. Eis o desafio que nos aguarda! E nós o aceitamos
com esperança e confiança no amanhã!
Assim como constatamos que Deus agiu
entre nós durante esse belíssimo tempo da Jornada Mundial da Juventude, e que foi
a sua ação que tudo conduziu e que só por Ele é que podemos compreender os resultados
desse momento, confiamos que Ele também nos acompanha em nossa caminhada presente
e futura! A Ele todo o louvor e toda a glória!
Cristo nos convidou e Ele nos
enviou como amigos e missionários. Vivemos a experiência de Sua presença. Recebemos
agora a missão: “Ide e fazei discípulos entre todos os povos”. Vamos, pois, com entusiasmo
servir sem medo! Avante jovens de todas as idades do Senhor Jesus! A JMJ Rio 2013
acabou de começar!
† Orani João Tempesta, O. Cist. Arcebispo Metropolitano
de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ