2013-08-28 11:39:06

Há 50 anos o discurso de Martin Luther King "I Have a Dream"


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Ocorrem, neste dia 28 de Agosto, os 50 anos do famoso discurso de Martin Luther King “I have a Dream” (Eu tenho um sonho), o maior discurso do século XX, segundo ”The Times”. Foi por ocasião da imponente Marcha em Washington a favor dos direitos civis nos Estados Unidos. O evento será hoje recordado com uma importante cerimónia em que tomará parte o Presidente Barak Obama, o primeiro Presidente negro do país. De salientar que há 50 anos a segregação racial era legal no Sul dos Estados Unidos da América..
Nesse histórico discurso Martin Luther King lançou um premente apelo a fim de que fosse construída uma sociedade justa em que as crianças de todas as raças pudessem viver juntas em harmonia. “Chegou o momento de fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus” – dissera ele à nação americana.
Mas, passados 50 anos o que é que mudou nas relações raciais nos EUA e no mundo em geral? O que significa celebrar hoje os 50 anos daquela histórica marcha? Resposta do filósofo moçambicano, Severino Elias Ngoenha... RealAudioMP3

O apelo de Martin Luther King a um mundo mais justo foi recordado por também pelo actual arcebispo de Washington, Cardeal Donald William Wurel, num artigo publicado na “National Catholic Repórter” e retomado pelo jornal do Vaticano “L’Osservatore Romano”.
A 50 anos de distância este discurso continua vivo – escreve o cardeal, frisando que a imponente estátua de Martin Luther King no memorial de Washington recorda a todos o seu imponente empenho em guiar a nação americana à plena consciência da igualdade de todos os seres humanos perante Deus. O seu sonho – continua o cardeal – profundamente enraizado na oração e na Sagrada Escritura continua a encorajar-nos a vermo-nos todos como irmãs e irmãs, filhos do mesmo Deus amoroso.
O cardeal Wurel recorda ainda que por ocasião daquele importante discurso de Martin Luther King no Lincoln Memorial em Washington perante milhões de pessoas, estava também o seu predecessor Mons. Patrick O’Boyle que viria a ser criado cardeal quatro anos depois. Muito antes de ser declarada ilegal a segregação nas estruturas de educação, ele já tinha começado a trabalhar a favor da integração racial nas paróquias e nas escolas católicas.
Prestemos homenagem a Martin Luther King e ao cardeal O’Boyle, continuando o seu trabalho – lê-se no artigo do arcebispo de Washinton, segundo o qual este empenho implica hoje dar a oportunidade de educação a todas as crianças, de modo particular aquelas que doutra forma seriam destinadas a escolas muitas vezes classificadas como “escassas”.








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