2013-08-27 12:51:01

Igreja na Índia adverte que casos de estupro são alarme social


Nova Deli (RV) – “Condenamos firmemente e sem dúvidas o recente caso de estupro grupal a uma fotojornalista em Mumbai. Um crime contra as mulheres, como o estupro, é um crime contra a humanidade. Pedimos o fim imediato desta violência, para que todas as mulheres possam sentir-se seguras e protegidas”. É o que diz a mensagem enviada à Agência Fides pelo padre jesuíta Cedric Prakash, responsável pelo Centro dos Direitos Humanos e Justiça “Prashant”, em Gujarat, reafirmando o alerta da Igreja à sociedade indiana.

“Os responsáveis desse ato hediondo e inaceitável devem ser levados à justiça. O governo, a política e outras autoridades interessadas devem tomar as medidas cabíveis. O número de pessoas que cometem crimes contra as mulheres continua a aumentar impunemente em todo o país”, comentou. A violência comumente envolve as minorias e os setores fracos da sociedade. O jesuíta relembra um caso de mulheres cristãs tribais que, cinco anos atrás, foram brutalizadas de todas as maneiras possíveis no distrito de Kandhamal, em Orissa.

Ele ainda aponta e evidencia outros diversos casos, para que a sociedade perceba e não esqueça a importância desse apelo. Como o caso das mulheres muçulmanas submetidas a impensáveis atos de violência durante a carnificina de Gujarat – estado da Índia ocidental – no ano de 2002 e o da estudante da Universidade de Manipal, em Karnataka, que foi violentada por um grupo de extremistas e nacionalistas hindus.

“Continuamos a ouvir cotidianamente sobre esses crimes terríveis. Os culpados costumam permanecer impunes, também, graças à proteção de alguns setores da sociedade. Além disso, quando trata-se de pobres, marginalizados, os dalits, os adivasis e mulheres – pertencentes às minorias – não há quase nenhuma revolta da parte da sociedade civil, nem mesmo cobertura midiática”. Por isso, o padre salienta que uma nova conscientização deve ser trabalhada na sociedade indiana. (NV)







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