2013-08-22 19:52:39

Apelo de Dom Tomasi para o diálogo na Síria


Cidade do Vaticano (RV) – Agrava-se, a cada dia, a crise na Síria, sobretudo depois das tristes imagens que chegam, através dos meios de comunicação, sobre o presumível uso de armas químicas contra os civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças. Tudo isso sem contar o número crescente de civis, que fogem para países vizinhos, criando um drama no drama. A propósito, eis o que o arcebispo Silvano Maria Tomasi, Observador permanente da Santa Sé, junto a ONU em Genebra, disse à Rádio Vaticano:

A Comunidade internacional está se preocupando, justamente, sobretudo com os últimos acontecimentos na Síria, que causaram centenas e centenas de mortos. A primeira observação a ser feita é aquela já feita pelo Santo Padre, ou seja, que a violência não traz nenhuma solução; portanto, é preciso retomar o diálogo, em vista do próximo encontro em Genebra, onde os representantes de todas as partes da sociedade síria poderão expor suas razões e, ao mesmo tempo, criar uma espécie de governo de transição. Este poderia ser um bom meio para deter a violência, como também para não enviar armas à oposição e ao governo. Outra observação seria a de não fazer uma leitura parcial da realidade da Síria e do Oriente Médio. É preciso levar em conta todos os aspectos que criam esta situação de violência e de contínuo conflito. Logo, é preciso respeitar cada cidadão e fazer com que as identidades religiosas, étnicas e políticas possam agir em um contesto de diálogo.”.

Dom Silvano, dizem que na Síria há ataques com armas químicas, mas Damasco desmente categoricamente… há até quem fale de intervenção armada, se isto fosse confirmado.

A experiência de ataques semelhantes no Oriente Médio, Iraque e Afeganistão, demonstra que o uso de tais armas não leva a nenhum resultado construtivo. Vale sempre o princípio de que “com a guerra se perde tudo”. Sobre um eventual ataque químico, nunca se deve julgar de antemão, sem ter certeza dos fatos. A Comunidade internacional, através dos observadores das Nações Unidas, que já estão presentes na Síria, vão esclarecer esta nova tragédia. No entanto, não se pode fazer acusações gratuitas.” (Sic/MT)








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