Salesianos festejam 198 anos do nascimento de Dom Bosco
Cidade do Vaticano (RV) – A família salesiana está em festa. Neste dia 16 de
agosto a Congregação dos Salesianos celebra o 198º aniversário de Dom Bosco. Por ocasião
da comemoração, o Reitor da Congregação, Padre Pascual Chávez Villanueva, celebrou
uma missa em memória do santo na Praça da Basílica de Dom Bosco, próxima a Asti (região
da Lombardia, norte da Itália). A Rádio Vaticano entrevistou o responsável pelo Escritório
de Comunicação Social dos salesianos, Padre Filiberto Gonzáles:
R: “Hoje,
16 de agosto, celebramos os 198 anos de nascimento do nosso pai, Dom Bosco. O nascimento
do nosso fundador é para nós a ‘festa do pai’, a festa mais bonita; aquela onde os
filhos reúnem-se em torno a ele e celebram o pai. Para nós, salesianos, esta festa
tem um sentido muito particular: esta celebração torna-se para nós uma recordação
muito rica, fundada sobre a história da salvação como congregação. A festa adquire
também o sentido de um dom ‘profético’, isto é, torna-se para nós um grande compromisso
em responder fielmente a Deus, como respondeu Dom Bosco, e ser uma Congregação que
junto à Igreja responde a Deus”.
RV: Por ocasião do bicentenário de nascimento
do santo turinense, a Congregação quis dedicar um triênio de preparação e aprofundamento.
Hoje é inaugurado o terceiro ano. De que se trata?
R: “É um ano que nós
chamamos ‘da espiritualidade de Dom Bosco’. O primeiro ano foi o ano ‘da história’,
para conhecer e imitar Dom Bosco; para fazer dos jovens a nossa missão como foi a
missão de Dom Bosco. No segundo ano tivemos aquilo que para nós, Igreja, é muito específico:
a nossa espiritualidade pedagógica. Vimos o Evangelho e apresentamos o Evangelho da
alegria como uma ‘pedagogia da bondade’, isto é, fazer presente aos jovens que eles
são amados assim como são. Neste ano – o terceiro ano de preparação, temos o ano ‘da
espiritualidade’ – queremos caminhar justamente na santidade de Dom Bosco, aquela
que ele nos ensinou: fazer tudo e viver para a glória de Deus e a salvação das almas,
de modo particular a salvação dos jovens. Em 2014 – em 16 de agosto - terão início
as celebrações. Estes três anos, são anos de uma preparação específica em todos os
sentidos: história, pedagogia e espiritualidade”.
RV: Há 198 anos do nascimento
do fundador, o que fascina um jovem que deseja seguir Cristo neste carisma particular?
R:
“Antes de tudo ser ‘amado’: nós salesianos sentimos que os jovens têm necessidade
de entender e sentir que são amados e também nós nos sentirmos amados: amados incondicionalmente.
Neste mundo nós vemos que este ponto específico – o de ser amado – é um ponto verdadeiramente
importante e que eles entenderão muito bem. Segundo ponto, como vocação, é aquele
de ser ‘chamado’: se Deus me ama e me chama é porque tem confiança em mim. Deus confia
em mim para eu transmitir aos outros; não para ser melhor que os outros, mas para
tornar-me ainda melhor, mas junto aos outros. O terceiro ponto é aquele de ser ‘enviado’:
isto é, ser missionário junto à Igreja e com a Igreja; missionário dos jovens que
vai às periferias onde eles se encontram – periferias da vida - para dizer a eles
que Deus os ama. Penso que isto atraia muitíssimo a vocação de um jovem, porque é
uma oferta de autenticidade, de amor para com Deus e de Deus para conosco”.
RV
– Como os filhos de Dom Bosco estão empenhados hoje em enfrentar os diversos tipos
de dificuldades no mundo juvenil e o que diria o santo sobre os jovens de hoje?
R:
“Nestas dificuldades, os jovens encontram a falta de um sentido, a falta também
de esperança. Neste sentido, o que nos oferece o santo turinense: em primeiro lugar,
a alegria da vida. A vida não é uma vida de sofrimento, mas é uma vida verdadeiramente
bonita, porque Deus a deu àqueles a quem ama. Para nós, dizer a eles que a vida é
o maior e mais belo presente que Deus nos deu, é dizer a eles que a vida tem um sentido
e um futuro. O santo turinense, Dom Bosco, oferece a sua proximidade: estar onde eles
estão. Para nós, de fato, o critério da vida é estar onde encontram-se os jovens”.
(JE)