Moçambique: criminalidade violenta no Maputo e na Matola
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A cidade e
província de Maputo, a sul de Moçambique, vivem desde meados de Julho findo, momentos
de terror, dor e luto, devido a uma onda de criminalidade violenta que se regista
nestas parcelas do País. Os crimes que ocorrem na calada da noite, se traduzem
em roubos a residências, onde os malfeitores agridem as suas vítimas, violam-nas,
e como se isso não bastasse, pegam num ferro de engomar eléctrico e passam sobre as
suas vítimas, tudo a sangue frio. Este modus operandi criminal, deixa preocupados
os agentes da Lei e Ordem de Moçambique, pois a calma e tranquilidade públicas foram
postas em causa. Porém, devido a uma suposta inoperância da polícia moçambicana, os
moradores se organizaram em patrulhamentos comunitários, onde durante a noite dispensam
o sono para munidos de armas brancas fazerem por si a vigilância. Polícia alerta
contra oportunistas No entanto, no meio desses patrulhamentos comunitários,
há supostos oportunistas, que fazem dessas operações populares, um momento para agredirem
pessoas inocentes, nalgumas vezes queimando-as com recurso a pneus. Esta situação
precoupa também a Polícia, pois as patrulhas podem ser feitas pelas comunidades, sem
no entanto, se recorrer a violência. E o ministro do Interior de Moçambique, Alberto
Mondlane, já veio a público reagir face a crescente onda de criminalidade violenta
nas cidades de Maputo e Matola, província de Maputo. Por seu turno, o Comandante-Geral
da Polícia, Jorge Khalau, na sua primeira aparição pública, desde a eclosão de crimes
violentos em série, disse que é preciso que os cidadãos se acautelem durante as patrulhas
comunitárias, pois no meio disto, há muitos oportunistas. Entretanto, o comandante
provincial da Polícia da República de Moçambique em Maputo, Jeremias Machaieie, alerta
para a necessidade de uma vigilância comunitaria organizada e em coordenação com as
autoridades policiais. Comandante-geral da PRM apela à calma Face ao
clima de terror instalado nos bairros da cidade e província de Maputo, o Comandante-geral
da Polícia da República de Moçambique (PRM), Jorge Khalau, apela à calma a todas as
comunidades afectadas pelos crimes violentos que se registam nos últimos tempos. Refira-se
que alguns indivíduos indiciados de envolvimentos em assaltos a residências e crimes
violentos estão nos calabouços aguardando pelos procedimentos judiciais dos crimes
de que são acusados. Hermínio José