Adiada a expulsão dos manifestantes pró-Morsi no Egito
Cairo (RV) – Era esperada para ontem, 12, a expulsão dos numerosos protestantes
que apoiam o ex-presidente Mohamed Morsi, no Egito, para liberar as praças da mesquita
Rabaa al Adawiya e Nahda. Entre a frente de apoio, está a Irmandade Muçulmana. No
entanto, a ação foi adiada e enquanto isso, novas manifestações foram convocadas.
A tensão continua altíssima.
O presidente interino egípcio, Adli Mansour, realizou
uma reunião do Conselho de Segurança Nacional acerca do assunto. Entretanto, uma nova
tentativa de mediação com os islâmicos foi prometida da parte do sheyk de Al-Azhar,
Ahmed Tayeb, que convidou todas as forças políticas para dialogar.
Por seu
lado, o Papa copta, Tawadros II, ainda pediu que o “banho de sangue” seja evitado.
Apesar da crise, continua o roteiro estabelecido pelas instituições interinas. A presidência
definiu os critérios de nomeação da Assembleia, encarregada de reformar a Constituição.
Serão
50 membros representantes dos partidos e sindicatos, estando previstas três vagas
para as Igrejas Cristãs e três para Al-Azhar. Serão pelo menos dez mulheres e muitos
jovens. Por sua parte, a Irmandade recusou o convite para diálogo. Os islâmicos marcharam
ontem, 12, em direção à Corte Constitucional para protestar contra a decisão do Judiciário
de prolongar por pelo menos 15 dias a permanência do ex-presidente na prisão. (NV)