2013-08-09 15:22:15

Líbano: bispos maronitas pedem formação de novo governo


Cidade do Vaticano (RV) - O Líbano, em estreito contato com a crise síria, vive um momento de grande instabilidade interna, a qual deve enfrentar superando a paralisação institucional com a formação de um novo governo. É quanto afirma um documento dos bispos maronitas na conclusão de um encontro presidido pelo Cardeal Bechara Raï. Auspicia-se também o controle da circulação de armas e o fim dos ataques contra o exército.

Enfim, os bispos falam do dever humanitário nacional de acolhida em relação aos refugiados, sejam eles sírios ou palestinos, cujo número supera a cifra de um milhão de pessoas; a população do Líbano é de aproximadamente 4 milhões.

Falando sobre a situação libanesa, o especialista italiano em Oriente Médio, Camille Eid, recorda que no Líbano o Premier encarregado, Tammam Salam, encontra dificuldade em formar o governo, mas agora há novas esperanças de formar um governo neutral, mesmo sabendo que e encontrar pessoas neutrais no Líbano é uma missão difícil.

Segundo o especialista, parece que as grandes potências querem congelar a situação libanesa, na expectativa de entender melhor o andamento da guerra na Síria. Isso, certamente, – continua –, não ajuda em nada à vida política libanesa, sobretudo, quando se registram incidentes que envolvem o exército ou as forças de segurança.

Falando ainda sobre a situação de inércia institucional que está vivendo o Líbano, afirma que a situação da crise síria condiciona a situação no país dos Cedros pelo envolvimento das partes libanesas no conflito.

Se inicialmente se podia falar de uma simpatia pelos opositores ou pelas forças do regime sírio, agora, ao invés se fala de um envolvimento físico, militar. Sabe-se que Hezbollah admitiu o seu envolvimento na batalha de Qusair, e atualmente, de Homs e de Aleppo, ao lado das forças do Exército sírio, e acusa claramente os seus rivais políticos de apoiarem financeiramente, e muitas vezes militarmente, os grupos de oposição síria. Temos então, - concluiu o especialista -, um envolvimento que corre o risco de passar as fronteiras do Líbano. Por isso os bispos maronitas lamentam que o Líbano não pode, passados poucos anos, reviver um clima de guerra. (SP)








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