Egito: aumenta violência contra cristãos, denunciam grupos de direitos humanos
Cairo (RV) – Grupos de direitos humanos denunciaram nesta quarta-feira o aumento
da violência contra cristãos no Egito, após diversos ataques sectários perpetrados
nas últimas semanas, na sua maioria, na Península do Sinai.
Em um comunicado,
as organizações condenaram a ‘clara’ incitação à violência expressa por líderes da
Irmandade Muçulmana e outros grupos islâmicos, contrários ao golpe militar que depôs,
em 3 de julho passado, o Presidente egípcio Mohamed Mursi, membro da Irmandade.
Os
ativistas dos Direitos Humanos observaram que as instituições do Estado tem negligenciado
na sua tarefa de proteger os cristãos coptos, de fazer frente aos ataques e em perseguir
os responsáveis por estes atos. Eles recordaram que homens armados assassinaram a
tiros em 6 de julho passado, o sacerdote cristão copto, Mina Abud Sharuin, em El Arish,
capital do Norte do Sinai.
Segundo os grupos de direitos humanos, o cristão
copto Magdi Lamai, que havia sido sequestrado na região, morreu por sua família não
ter podido pagar o resgate.
Em função da violência e constantes ameaças, um
grande número de cristãos do norte do Sinai viu-se obrigado a abandonar a região,
ao mesmo tempo que as igrejas permanecem com as portas fechadas por medo de ataques.
As
ONGs egípcias pediram ao Governo para investigar os acontecimentos e proteger as testemunhas,
assim como garantir a segurança dos cristãos e suas propriedades.
Por outro
lado, em uma mesquita no Cairo foi encontrado um envelope onde constam dezenas de
nomes de pessoas a serem eliminadas, entre elas, o Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa
Tawadros II.
O Patriarca dirigiu uma mensagem de felicitações aos muçulmanos
egípcios e de todo o mundo por ocasião da Festa de Eid-al-Fitr, que concluiu o mês
de jejum do Ramadã. (JE)