Educação, Saúde e Segurança Alimentar - considerados sectores prioritários na Guiné-Bissau
A Guiné-Bissau atravessa momento difícil da sua história. Com o golpe de estado de
12 de Abril de 2012, o país ficou quase isolado. As ajudas financeiras dos principais
parceiros do desenvolvimento suspensas. Foram registadas várias paralisações no setor
do ensino e da saúde.
A capital Bissau ficou quase dois meses sem luz e com
fornecimento deficitário da água as populações. No meio deste embróglio foi criada
uma Comissão Nacional encarregue de elaborar e recolher subsídios para um plano de
emergência a curto prazo para os setores da Educação,Saúde e Segurança Alimentar.
O que deve ser feito para resolver os problemas de greves dos professores,dos quadros
da Saúde e como socorrer as populações com crise alimentar.
Para a Comissão,
formada essencialmente pelos membros do anterior governo de transição, uma das soluções
imediatas por exemplo para o setor da educação é o pagamento dos salários e subsídios
(em atraso) aos professores, isto é se o governo pretende um novo ano escolar sem
sobressaltos. O combate a cólera é traçado como prioridade na área da saúde. O
surto já confirmado pelas autoridades sanitárias atinjiu mais de duzentas pessoas
na região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, tendo provocado a morte a mais de uma vintena
de pessoas. Como encontrar meios para superar a crise alimentar das populações
sobretudo do interior do país é outra preocupação da comissão. Este ano os agricultores
não tiveram uma boa campanha de cajú...a não fixação do preço da castanha de cajú(logo
no início) por parte do governo guineense criou transtornos que veio a traduzir-se
na má campanha de comercialização de cajú.
Segundo o ministro Soares Sambú,se
for feita uma avaliação estatística da pobreza os resultados seriam alarmantes. A
pobreza é generalizada, o rendimento financeiro é muito baixo e a esperança de vida
é muito baixa. Esses dados são frutos das dificuldades de acesso a um serviço de saúde
de qualidade.