2013-08-06 16:21:26

Netanyahu apóia ingresso de cristãos palestinos no Exército. Grupos palestinos contrários


Jerusalém (RV) – O Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou o seu apoio ao alistamento de cristãos palestinos no Exército de Israel, após um pedido apresentado pelo “Fórum dos Oficiais Cristão”.

“O Primeiro Ministro ordenou a criação de um fórum conjunto para fomentar o alistamento da comunidade cristã no Exército e a prestação de serviço social, assim como sua integração na vida do Estado”, indicou um comunidado da Secretaria de Netanyahu, após uma reunião realizada com o Sacerdote ortodoxo Gabriel Nadaf. Do encontro participaram também o Presidente do Fórum, o tenente da reserva Shadi Jalul e o Presidente do Conselho Ortodoxo de Yafia, Naji Abid. Netanyahu assegurou-lhes que “trabalhará para integrar os membros da comunidade cristã na nova lei de alistamento”, que atualmente é aplicável somente aos judeus ultra-ortodoxos e aos grupos historicamente isentos.

Residente na cidade árabe-israelense de Nazaré, o sacerdote representa um grupo de cristãos de origem palestina que recentemente rompeu os vínculos com a comunidade palestina muçulmana para defender a plena inclusão de seus membros – cerca de 150 mil - na sociedade israelense, majoritariamente judaica. O Fórum não representa a totalidade do grupo, pois tem como objetivo unicamente encorajar o alistamento militar e o serviço social, como forma de integração.

Os palestinos constituem 20% dos cerca de 8 milhões de israelenses, mas devido à sua origem e relação com a população na Cisjordânia e Gaza, estão historicamente isentos do serviço militar.

Nos últimos meses, o sacerdote ortodoxo e o Fórum dos Oficiais Cristãos promoveram diversas iniciativas e acompanham outra de caráter político, com vistas à criação do que será o primeiro partido cristão de Israel.

No último ano, o número de recrutas cristãos no Exército israelense teve um incremente de 35 a 100 jovens. Cerca de outros 500 estão prestando o serviço social, em substituição ao serviço militar, em algumas comunidades.

O sacerdote ortodoxo afirmou que o objetivo da iniciativa é “proteger a Terra Santa e o Estado de Israel. Rompemos a barreira do medo, o Estado merece que façamos nossa parte na sua defesa”.

Por suas posturas favoráveis à integração e à prestação do serviço militar de forma voluntária, Madaf e alguns soldados cristãos têm sofrido ataques físicos e verbais nas localidades em que residem.

A iniciativa é vista com indignação por parte de círculos palestinos, por considerarem que a comunidade cristã apoiará a máquina militar israelense que sustenta a ocupação da Cisjordânia. (JE)








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