2013-07-25 14:45:21

Santa Sé faz apelo pela Síria


Damasco (RV) – Na Síria os momentos de tensão continuam, enquanto uma delegação da Onu entrou ontem em Damasco para investigar acerca do uso de armas químicas nessa sangrenta guerra civil. A situação é tão preocupante nas fronteiras com a Turquia que levou o Primeiro-Ministro de Ankara, Erdogan, a convocar uma cúpula de emergência com ministros e inteligências para ponderar os riscos, devido aos confrontos do dia 24 entre militares e rebeldes.

A Síria foi também assunto no centro da intervenção – no debate aberto sobre o Oriente Médio – de Dom Francis Chillikatt, observador permanente da Santa Sé no Conselho de Segurança da Onu em Nova Iorque. Foi feito um sincero apelo à comunidade internacional para o fim da violência na Síria: a Santa Sé volta ao tema através do Dom Chullikatt. Em seu pronunciamento em Nova Iorque, começou citando a mensagem da primeira Páscoa do Papa Francisco pela paz no Oriente Médio e a esperança que as negociações de paz entre israelenses e palestinos podem acarretar.

Mas agora a emergência é a Síria, um povo despedaçado em uma guerra sem fim: “Quanto sofrimento ainda deve acontecer para que uma solução política seja tomada?”, pergunta o prelado, que tenciona chamar a atenção do mundo para os números impressionantes do conflito: cinquenta mil mortos ao mês, quase dois milhões de refugiados – 10% da população – nos países vizinhos e quatro milhões de deslocados internos; quase sete milhões de pessoas, a maior parte crianças, que necessitam de tudo.

Uma atenção particular, posteriormente, à comunidade cristã local, que vive em meio à insegurança devido ao aumento de sequestros e homicídios – e não escapam nem mesmo sacerdotes e bispos. Há também 60 igrejas destruídas e o patrimônio artístico e cultural é colocado em grande risco. “Não podemos ter progresso social sem justiça – adverte Dom Chullikatt – e sem o reconhecimento do papel das minorias étnicas e religiosas dentro da sociedade”.

O pedido é, portanto, de uma abertura ao diálogo de ambas as partes, porque “não podemos encontrar alguma solução militar ao conflito sírio”. A guerra, em geral, não é um meio para resolver os conflitos. Em vez disso, pode haver um contentamento somente com a diplomacia, porque “a paz na Síria nos torna todos vitoriosos, enquanto o conflito duradouro garante apenas perdedores”. (NV)







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