Segundo diversas fontes africanas de informação, o Senado da Nigéria acaba de retirar
da Constituição do país, a “secção 29” que determinava a idade mínima legal para o
casamento em 18 anos. Uma decisão que não agradou nada à população, levando muita
gente a manifestar a sua indignação. Segundo algumas redes sociais citadas pelo site
“Afrik.com” muitos consideram como se o Senado tivesse “legalizado a pedofilia na
Nigéria”. Por isso lançaram logo uma petição para a reposição do artigo, petição que
em pouco tempo já rondava as 18 mil assinaturas. Os signatários pedem também às Nação
Unidas para intervirem.
Retirando essa secção da Constituição, lê-se no Afrik.com,
o Senado deixa a todos a liberdade de agirem como melhor entenderem, o que é inaceitável
para a população nigeriana, num país onde as meninas já passam por diversas violações.
Para muitos é como se o Senado tivesse “legalizado a pedofilia na Nigéria”.
Um
relatório difundido no ano passado por diversas organizações de defesa dos direitos
da infância, entre as quais o UNICEF, falou duma media de 12 mil casos de infecções
urinárias anuais ligadas a gravidezes precoces na Nigéria. O que faz da Nigéria um
dos países onde a meninas aparecem como vítimas de violações, casamentos forçados,
pedofilia e outras doenças.
Afrik.com refere ainda que as pessoas na Nigéria
se recordam ainda do escândalo que provocou o facto de o senador, Ahmed Sani Yerina
que, em 2009, tomou como quarta esposa uma menina de 13 anos. O senador tinha justificado
a sua atitude pela charia (lei islâmica) aplicada no seu Estado de Zamfara, no Norte
do país.