Aventura da fé ganha ritmo e aquece o coração de todos
Cidade do
Vaticano (RV) – A aventura da fé começou ontem à noite na Praia de Copacabana
com a Santa Missa de acolhida dos jovens presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro,
Dom Orani João Tempesta. Apesar do frio e da chuva, mais de 500 mil pessoas participaram
da celebração, precedida por momentos musicais e de oração. O Rio é nesta semana a
capital mundial da juventude. O Papa Francisco acompanhou tudo pela televisão. O dia
de ontem da Jornada foi inspirado no tema "Vinde e sigamos o mestre".
Primeiro
problema para os jovens, o transporte, com o fechamento do Metrô na tarde de ontem,
durante duas horas pelo rompimento de um cabo elétrico; muitos jovens desistissem
de chegar até Copacabana, acompanhando a cerimônia pela televisão. Os principais jornais
do país destacam hoje nas suas manchetes a falência do primeiro teste de transporte.
Sem
meios termos afirmam que um dia após erro de deixar o Papa Francisco engarrafado na
Avenida Presidente Vargas na chegada ao Rio, o que alarmou responsáveis pela segurança
do Pontífice, ontem peregrinos e cariocas sofreram com uma pane no metrô, que ficou
parado por mais de duas horas. Passageiros chegaram atrasados ou tiveram de se espremer
em ônibus para chegar à missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude, em Copacabana.
Depois
de dois anos de preparação, finalmente chegou o momento tão esperado do início da
Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, começou a aventura da fé. As ruas
da Cidade Maravilhosa, contagiadas pelo sorriso e pela alegria dos jovens deram ainda
mais vida a uma cidade acostumada a grandes eventos, mas que jamais presenciou o que
está ocorrendo nestes dias.
Nesta manhã a peregrinação de Francisco ao Santuário
de Aparecida onde já na tarde de ontem se formaram filas para poder participar da
Santa Missa dentro da Basílica. Somente 12 mil os passes liberados para os peregrinos,
distribuídos a partir das 5 da manhã de hoje. Os demais, cerca de 200 mil segundo
fontes locais, acompanharam a missa do lado de fora, através de grandes telões. Momentos
de emoção vividos na Casa da Mãe.
O Santo Padre chegou de carro, às 8h15, na
base aérea do Galeão, onde decolou em um avião em direção a São José dos Campos, 97
km de São Paulo. Às 9h44 partiu de helicóptero em direção à cidade de Aparecida.
No
Santuário, o papa foi recepcionado pelo Arcebispo de Aparecida, Cardeal Dom Raymundo
Damasceno, e demais autoridades eclesiásticas. O Governador do Estado, Geraldo Alckmin,
e o prefeito de Aparecida, Marcio Siqueira receberam o Papa no heliporto da cidade.
Antes da missa a consagração a Nossa Senhora. O Papa ganhou de presente das mãos de
Dom Raymundo uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida; por sua vez Francisco
deu de presente ao Santuário um cálice.
Após a Santa Missa abençoou a imagem
de Frei Galvão, no Seminário Bom Jesus. Ali almoçou com a comitiva papal, bispos e
seminaristas locais.
Bergoglio retornou a Aparecida onde esteve em 2007 durante
a Conferência dos Bispos da América Latina e Caribe. Um retorno desejado pelo próprio
Papa para colocar nas mãos de Nossa Senhora Aparecida a JMJ do Rio e os jovens.
Outro
momento esperado no final da tarde de hoje, já de retorno ao Rio, a visita ao Hospital
São Francisco de Assis, zona norte da cidade. Considerado o principal legado social
da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, a ala de um novo complexo para
internação de dependentes químicos no Hospital não ficará pronta a tempo. A ideia
original era que a mesma fosse inaugurada durante a visita do Papa Francisco ao local.
Agora, a previsão é de que o local só seja inaugurado no mês que vem. “Trabalhamos
24 horas por meses, mas o prédio apresentou surpresas durante o trabalho. Vamos inaugurar
daqui a um mês esses leitos”, afirmou o Frei Paulo Batista, Diretor do hospital. A
programação da visita do pontífice, no entanto, está mantida.
Um dos grupos
que estará presente no encontro com o Papa nesta tarde no Hospital São Francisco é
a Associação Solidários Amigos de Betânia, ASAB, fundada no Rio de Janeiro pela religiosa
Irmã Maria Elci Zerma (Pia Discípula do Divino Mestre), em 1999. Constituída de associados,
colaboradores e voluntários, sem distinção de etnia e religião, tem como missão acolher
pessoas em situação de abandono e risco social, que se enquadrem no perfil de moradores
de rua, dependentes químicos, adultos homens e mulheres. Nós conversamos com a fundadora,
Irmã Elci.
Ainda na manhã de hoje tiveram início as catequeses com o tema da
missionariedade em mais de 300 lugares diferentes. Do Rio de Janeiro, para a Rádio
Vaticano, Silvonei José