2013-07-18 11:53:12

Apelo dos bispos pelo fim da guerra no Congo


Kinshasa (RV) – Os Bispos do Congo lançam um forte apelo aos líderes africanos para que “terminem a guerra que ensanguenta a República Democrática do Congo” e para que “trabalhem não por interesses próprios, mas pelo bem de todos”. Os pedidos foram expressados no encerramento da Assembleia Geral das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM), mantida em Kinshasa.

Na mensagem final, recebida pela Agência Fides, os bispos também convidam todos os cidadãos africanos “a empenharem-se urgentemente na luta por uma ordem social justa, onde todos possam desfrutar dos direitos relacionados à dignidade humana”. Uma grave denúncia dos bispos africanos diz respeito aos conflitos que ocorrem na parte oriental da República Democrática do Congo (RDC), ocasionando atrocidades, violência, estupros e milhares de mortes.

Recordando uma guerra que acarretou seis milhões de mortos em vinte anos e que desestabilizou a RDC causando graves violações aos direitos humanos, os bispos “convidam todas as partes envolvidas à buscarem por uma solução para esta guerra e a trabalharem ativamente pela paz”. Um apelo neste sentido foi feito às Nações Unidas, à União Europeia e à União Africana.

Por isso, um forte convite é dirigido aos líderes políticos: os bispos concordaram em “sensibilizar e educar os líderes políticos em seus respectivos países de comprometimento pelo retorno de uma paz duradoura na RDC”. Para cumprir com seu compromisso com a justiça e a reconciliação, os Bispos da SECAM adotaram um “plano estratégico quinquenal” para o período 2013-2018, que inclui projetos na área de governo e formação às práticas democráticas e ao bem comum.

“Estamos decididos a dar sinais fortes: agora cabe a cada Conferência Episcopal identificar intervenções específicas, responsabilizando todos os envolvidos”, explicou o Vice-presidente da SECAM, Dom Gabriele Mbilingi, Arcebispo de Lubango, em Angola. “A África precisa hoje de um Bom Samaritano na política, capaz de pensar na organização da sociedade em modo que o bem comum seja prioridade”, disse o Bispo de Kinkala, Dom Louis Portella Mbuyu, em sua homilia durante a missa de encerramento da Assembleia.

A atenção ao bem comum, reforçou, significaria que os líderes políticos e da economia “saibam administrar a riqueza e o poder não para si próprios, mas para seus irmãos e irmãs, com o orgulho de levar o bem-estar para todos”. (NV)







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