Papa Francisco impulsiona a Igreja para a luz do Concílio Vaticano II
Cidade do
Vaticano (RV) - O quadro "Nova Evangelização e Concílio Vaticano II" mantém-se
na linha propositiva de fazer chegar até você, amigo ouvinte, como a Igreja no Brasil
tem vivido e celebrado os 50 anos do Concílio.
Prosseguimos hoje com a participação,
iniciada na edição passada, do bispo da Diocese de Pesqueira, Dom José Luiz Ferreira
Salles, C.SS.R., a quem propusemos uma das questões das quais não podemos nos esquivar
ao celebrarmos este grande evento religioso do Séc. XX, ou seja:
Quais desafios
propostos à Igreja pelo Concílio que depois, ao longo deste meio século de caminhada,
não foram suficientemente acolhidos e aplicados e que agora podem e devem ser retomados
à luz da realidade dos nossos dias?
O bispo da diocese pernambucana aponta
"a dificuldade de acolher o novo em mudança, o mundo que está em mudança", observação
essa que não nos deixa de evocar, justamente, a questão do confronto com a modernidade,
a questão da aceitação de um dos temas mais caros do pensamento moderno, ou seja,
a autonomia do sujeito e o uso que faz da luz da razão. Nesse sentido, vale lembrar
que o Concílio reconhece o primado da consciência individual.
Dom José Luiz
ressalta o grande incentivo dado pelo Papa Francisco de empurrar a Igreja para a luz
do Concílio Vaticano II, para que seja uma Igreja luz de um mundo carente, de um mundo
de tanta escuridão, necessitado de tanto amor, solidariedade e compaixão. Daí, a necessidade
de reler o Concílio partindo da própria realidade.
Ao responder sobre as questões
abertas apresentadas pelo Concílio, o bispo do agreste pernambucano inicia apontando
a questão da própria identidade da Igreja, portanto, uma questão de eclesiologia,
para isso citando a Lumen gentium, cujo documento conciliar precisa ser ainda
aprofundado. Vamos ouvir: (RL)