SADC discute a migração laboral em Maputo (Hermínio José, correspondente RV)

Representantes dos ministérios do Interior e do Trabalho da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), da Organização Internacional da Migração e da Organização Internacional do Trabalho, estiverem reunidos entre Quarta e Quinta-feiras findas em Maputo, capital de Moçambique.
Esta 2ª Conferência Ministerial do Diálogo sobre a Migração na Região da África Austral decorreu sob o lema: “Melhorar a Migração Laboral Inter-Regional para o Desenvolvimento Social e Económico da Região da SADC”.
Segundo o Director Regional da Organização Internacional da Migração, Bernardo Mariano, o encontro visava dentre vários objectivos, discutir a questão da migração laboral, a Estratégia e Plano de Acção para a migração laboral, como minimizar a migração laboral ilegal na região da SADC.
Angola e África do Sul com maior fluxo de imigrantes
O director regional da Organização Internacional da Migração a nível da SADC, acrescentou que dos países-membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, os países que recebem mais imigrantes são a África do Sul e Angola.
Entretanto, para alguns círculos de opinião a África do Sul, é um país que tem sistematicamente praticado actos de violência contra os imigrantes naquele país, a exemplo de Xenofobia. Relativamente a esta percepção, o director regional da Organização Internacional da Migração, diz que a África do Sul, não tem nehuma política que visa hostilizar os imigrantes, sucede é que algumas pessoas tomam esse tipo de atitudes que em nada abona o Governo Sul-africano.
Receios de violência na África do Sul pós-Mandela
Ainda no que respeita a África do Sul, tendo em conta o estado de saúde debilitado em que se encontra Nelson Mandela, o ícon da luta Anti-Apartheid, há rumores de que se aquele líder carísmatico morrer, o cenário que se pode viver na África do Sul pode ser pior e de clara repulsa e rejeição dos imigrantes oriundos de vários países que escalaram aquele país.
Porém, Bernardo Mário, director regional da Organização Internacional da Migração, não acredita nessa forma de pensar, pois as políticas adoptadas pelo Governo sul-africano de certa forma protegem os imigrantes e entretanto, apela ao bom-senso, caso Nelson Mandela, não resista à doença que o deixa no leito do hospital há pouco menos de 1 mês.
Imigrantes ilegais, uma difícil gestão
Entretanto, a secretária permanente do Ministério do Trabalho de Moçambique, Isabel Mate, disse que uma das dificuldades com que este país se debate no que tange a migração laboral, é o fluxo de imigrantes ilegais, cujo universo continua difícil de o saber.
Refira-se que só no primeiro semestre deste ano, o Ministério moçambicano do Trabalho suspendeu cerca de 400 trabalhadores estrangeiros que se encontravam a trabalhar ilegalmente em Moçambique.
Hermínio José