2013-07-09 11:42:17

Saudação do Papa aos habitantes de Lampedusa e aos muçulmanos


Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco realizou, nesta segunda-feira, a primeira visita Pastoral de seu Pontificado, em território italiano, a Lampedusa, uma pequena ilha ao sul da Itália, no mar Mediterrâneo, que confina com o continente africano.

Foi uma visita breve, de cerca de quatro horas, mas “histórica, intensa, inacreditável e significativa”, como afirmou aos jornalistas, Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Durante a sua homilia, na celebração da Santa Missa, no campo esportivo de Lampedusa, ponto alto da visita papal, da qual participaram umas 10 mil pessoas, o Santo Padre fez uma saudação toda especial aos muçulmanos presentes:

“Dirijo meu pensamento aos queridos imigrantes muçulmanos que, hoje à noite, iniciam o jejum de Ramadã. Desejo-lhes abundantes frutos espirituais. A Igreja está ao seu lado na busca de uma vida mais digna, para vocês e suas famílias. A vocês “O’sciá!”.

Entre os migrantes, que chegam à ilha italiana, alguns são cristãos, mas a maioria é muçulmana árabe. Entre os 227 presentes em Lampedusa, durante a visita do Papa, 75 eram crianças desacompanhadas, 48 eritreus, 22 somalis, entre 13 e 17 anos. Mas, ouçamos o que o Papa Francisco disse ao término da celebração Eucarística:

“Antes de dar a bênção, queria agradecer, mais uma vez, aos habitantes de Lampedusa pelo seu amor e exemplo de caridade e de acolhida que deram, dão e darão. Que seu exemplo seja um farol para o mundo inteiro e que se tenha coragem de acolher os mais necessitados. Quero agradecer ainda o carinho que o padre Stefano e seu vice-pároco têm para com os imigrantes”.

De fato, após a Santa Missa, Papa Francisco visitou a igreja de São Gerlando, onde padre Stefano Nastase é pároco. Foi ele que escreveu uma carta-convite ao Papa, recém-eleito Sucessor de Pedro, para visitar a ilha de Lampedusa. Ao deixar a paróquia, o Papa disse:

“Muito obrigado. Obrigado pelo seu testemunho. Obrigado pelo calor de seus corações. Que o Senhor os abençoe e lhes dê forças para ir adiante com esta atitude tão humana e tão cristã. Mais uma vez, muito obrigado!”.

Com estas palavras, o Bispo de Roma deixou Lampedusa, onde procurou sacudir as consciências regionais, nacionais e internacionais em relação ao triste drama dos refugiados e migrantes que chegam ao continente Europeu, em busca de uma vida melhor para suas famílias. É preciso passar da “globalização da indiferença” à “globalização da solidariedade”. (MT)








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