Papa Francisco: a compaixão e a ternura abrem as portas da Igreja
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa lançou nesta segunda-feira em Lampedusa –
ilha situada no extremo-sul da Itália – um veemente e forte apelo a derrotar a indiferença
diante de tantos irmãos que sofrem. O Evangelho desta terça-feira nos fala da compaixão
de Jesus para com a multidão "cansada e abatida". Uma atitude que, nestes seus primeiros
meses de Pontificado, o Papa Francisco reiteradas vezes convidou a ter.
"Ao
ver a multidão teve compaixão dela, porque estava cansada e abatida como ovelhas
sem pastor". O Santo Padre observa que "a misericórdia de Jesus não é somente
um sentimento", mas "é uma força que dá vida":
"Esta <> é o amor
de Deus pelo homem, é a misericórdia, ou seja, a atitude de Deus em contato com a
miséria humana, com a nossa indigência, o nosso sofrimento, a nossa angústia. O termo
bíblico <> evoca as vísceras maternas: de fato, a mãe tem uma reação totalmente
sua diante da dor dos filhos. Deus nos ama desse modo, diz a Escritura. E qual é o
fruto deste amor, desta misericórdia? É a vida!" (Angelus, 9 de junho de 2013)
A
compaixão de Jesus se faz ternura, outra palavra reiteradas vezes pronunciada pelo
Papa Francisco:
"Ternura! O Senhor nos ama com ternura. O Senhor conhece aquela
bela ciência da carícia, da ternura de Deus. Não nos ama com as palavras. Ele se aproxima
– proximidade – e nos dá esse amor com ternura. Proximidade e ternura! Essas duas
maneiras do Senhor que se faz próximo e dá todo o seu amor inclusive mediante as pequenas
coisas: com a ternura. E esse é um amor forte, porque proximidade e ternura nos mostram
a fortaleza do amor de Deus." (Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, 7 de junho
de 2013)
"Que o juízo final não nos dê medo" – exortou o Papa – mas, "pelo
contrário, nos impulsione a viver melhor o presente. Deus nos oferece este tempo com
misericórdia e paciência a fim de que aprendamos todos os dias a reconhecê-lo nos
pobres e nos pequenos". A compaixão – explicou o Santo Padre – significa reconhecer
Cristo no outro e significa abrir as portas da Igreja:
"Pensemos hoje em Jesus,
que sempre quer que todos se aproximem d'Ele; pensemos no Santo Povo de Deus, um povo
simples, que quer aproximar-se de Jesus; e pensemos em tantos cristãos de boa vontade
que erram e que, ao invés de abrir uma porta, fecham-na... E peçamos ao Senhor que
todos aqueles que se aproximarem da Igreja encontrem as portas abertas, encontrem
as portas abertas, abertas para encontrar este amor de Jesus. Peçamos essa graça."
(Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, 25 de maio de 2013) (RL)