Publicado o balanço financeiro do Vaticano, no final da reunião realizada a 2-3 julho
Teve lugar nestas terça e quarta-feira, no Vaticano, a reunião anual da Comissão de
Cardeais encarregada de estudar os problemas organizativos e económicos da Santa Sé.
Para além dos 15 cardeais que formam a Comissão, participaram no encontro, presidido
pelo Secretário de Estado, cardeal Bertone, os responsáveis das diversas estruturas
económico-administrativas da Sede de Roma: a Prefeitura para as Questões Económicas,
o Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano e a APSA – Administração do Património
da Sede Apostólica. O Presidente do IOR, Ernst von Freyburg, ilustrou os participantes
sobre a situação do Instituto para as Obras de Religião. No final do encontro,
foram publicadas informações sobre o balanço financeiro consolidado dos organismos
da Santa Sé e do governo do Estado, que revela um saldo positivo global superior a
25 milhões de euros em 2012. Na quarta-feira, deslocou-se ao local da reunião o
Papa Francisco, que evocou aos participantes as finalidades e a utilidade do Conselho,
exortando a dar continuidade a estes encontros periódicos. O balanço da Santa Sé,
órgão central de governo da Igreja Católica, fechou em 2012 com um lucro cerca de
2 milhões e 200 mil euros, “graças, sobretudo, à boa gestão financeira”, refere o
comunicado. Entre as despesas mais salientes sobressaem as relativas aos 2.823 funcionários,
aos meios de comunicação social e aos novos impostos sobre os bens imóveis do Vaticano,
em território italiano. Quanto ao Estado da Cidade do Vaticano, registou um saldo
positivo de 23 milhões de euros em 2012, mais um milhão do que em 2011, não obstante
o clima económico global. Esta administração independente tem – informa o comunicado
- 1.936 empregados ligados à gestão estatal. O Instituto para as Obras de Religião
(IOR), conhecido como ‘Banco do Vaticano’, ofereceu ao Papa um montante de 50 milhões
de euros “para o sustento do seu ministério apostólico e da caridade”. Os participantes
na reunião refletiram sobre os dados do Balanço de 2012, constatando os resultados
positivos e encorajando a necessária reforma para reduzir os custos mediante uma obra
de simplificação e racionalização dos organismos existentes, com uma programação mais
atenta das atividades de todas as administrações. Participou neste encontro o cardeal
Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. O colega brasileiro Silvonei José interpelou-o: