Tríplice fronteira em defesa dos direitos da infância
Foz do Iguaçú (RV) – Realizou-se, no último dia 28 de maio, em Foz do Iguaçu
(PR) a Primeira Conferência internacional das Aldeias Infantis SOS pelo Direito à
Convivência Familiar e Comunitária.
O objetivo do encontro foi levar ao conhecimento
das autoridades políticas e sociais as graves situações de violação dos direitos humanos
e de exclusão, pelas quais passam crianças e jovens na tríplice fronteira entre Brasil,
Argentina e Paraguai. Cerca de 450 participantes, entre autoridades, crianças,
adolescentes, jovens e representantes de diversos segmentos das sociedades brasileira,
paraguaia e argentina, apresentaram excelentes propostas e soluções para o programa
de fortalecimento familiar e comunitário na região da tríplice fronteira.
Os
representantes políticos dos três países e todos os participantes do evento firmaram
compromisso com a infância e juventude perante as estratégias e ações de fortalecimento
familiar e comunitário na tríplice fronteira de Foz do Iguaçu.
O ponto alto
foi o discurso pronunciado pela Ministra Maria do Rosário Nunes, que ressaltou a importância
do modelo de cuidado das Aldeias Infantis SOS para o Brasil, principalmente, como
referência para o mundo, considerando que a Organização está presente em 133 países.
Além disso, ela propôs a criação de um Comitê internacional para proteger e garantir
os direitos das crianças, adolescentes e jovens na tríplice fronteira.
Na
área externa do Auditório principal, após a solenidade de abertura e dos discursos
das autoridades, houve uma grande revoada de pipas e balões coloridos, com cerca de
120 crianças e adolescentes dos países participantes, como uma manifestação ao direito
à convivência familiar e comunitária. Simultaneamente, foram erguidas pipas nos 20
Programas das Aldeias Infantis SOS, em 12 estados do Brasil e em cidades do Paraguai,
Argentina e em outros países da América Central e da Europa.
Entre os principais
temas debatidos destacam-se: Planejamento e monitoramento frente ao direito à convivência
familiar e comunitária; Políticas da Infância e da Família nos três países, Tríplice
fronteira: territórios, oportunidades e desafios; Alternativas de cuidados para crianças
e adolescentes e Fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
As
soluções e ações discutidas foram tabuladas e gravadas para serem avaliadas, planejadas
e futuramente implantadas na região e em programas de fortalecimento familiar e comunitário
em todo o país. (MT)