Maringá (RV) - O Arcebispo de Maringá, PR, Dom Anuar Battisti, escreveu um
artigo sobre a Jornada Mundial da Juventude, com o título “JMJ: um sonho do coração
de Deus”. No início do texto, o prelado cita 1 Timóteo 4,12: “Que ninguém o despreze
por ser jovem. Quanto a você mesmo, seja para os fiéis um modelo na palavra, na conduta,
no amor, na fé, na pureza”. Para o arcebispo, foi nesta visão otimista sobre os jovens
que o nosso querido João Paulo II em 1984, realizou um encontro de jovens em Roma,
na Itália.
Dom Anuar explica que no ano seguinte, 1985, foi declarado Ano
Internacional da Juventude pelas Nações Unidas, sendo que em março houve outro encontro
mundial de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada
Mundial da Juventude. O prelado recorda que estamos na reta final para a celebração
da décima quarta JMJ, no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho, com o “Ide e fazei discípulos”
(Mt 28,19).
Segundo ele, em 2011, quando, em Madri, Bento XVI anunciou que
a próxima Jornada seria no Brasil, foi um grito que ecoou forte saindo da boca dos
jovens brasileiros, que lá recebiam a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora: símbolos que
percorreram todas as dioceses do Brasil, preparando este grande evento de fé e testemunho
jovem para o mundo. “Mais uma vez é a voz dos jovens que se faz ouvir por toda parte,
exercendo o protagonismo na transformação social e política do país. A Jornada já
começou, seja pela passagem da Cruz como pelo grito em defesa da vida e da dignidade
milhares de jovens por todos os cantos deste país continente”, avalia.
Os
resultados, de acordo com o arcebispo, estão chegando de forma rápida e concreta,
pois não se pode desprezar essa voz forte e limpa, grito de angústia e de esperança,
presença desconcertante e provocadora, manifestação justa em defesa dos direitos de
todos os cidadãos. Para Dom Anuar, a energia transformadora dos jovens vai ecoar no
Rio de Janeiro para o mundo. Ele ainda acredita que as manifestações pacíficas não
atrapalharão em nada a vinda do Papa Francisco e dos jovens de outros países, pois
o pontífice vem para ouvir, sentir, e entusiasmar a juventude na construção de um
mundo mais justo e solidário. A expectativa é de reunir 1,5 milhão de jovens.
No
entanto, o arcebispo de Maringá gostaria que fossem 4 milhões de jovens, para superar
os mais de 3 milhões que o Papa João Paulo II reuniu em 1995 em Manila. Conforme o
prelado, não se trata de competição, mas sim porque hoje a multidão jovem tem se multiplicado,
os problemas se avolumaram de maneira assustadora, os desafios para a juventude se
agigantaram, o clamor por mais espaço e exercício do protagonismo jovem se faz ouvir
por todos os lados do Planeta.
Para ele, não se trata só de número e sim de
que todos os que vão ao Rio de Janeiro sejam tocados pela presença de Jesus, pelo
clamor da Palavra de Deus, que o Papa Francisco vem trazendo. “Imaginemos nós se um
milhão e meio de jovens saírem conscientes de que são discípulos de Jesus e cada um
conseguir mais um em sua diocese durante um ano, e assim sucessivamente... Em pouco
tempo teríamos um mundo totalmente diferente. Em nossa Arquidiocese vamos enviar mil
e cem jovens, todos na esperança de que sejam verdadeiros discípulos de Jesus e que
terão a missão de fazer outros tantos seguidores do único Mestre e Senhor”, ressalta.
Por fim, Dom Anuar afirma que parece um sonho, como foi o sonho da primeira
jornada, e que no coração de Deus tudo é possível. "Nas mãos e no coração do Pai Criador,
de Jesus Caminho, Verdade e Vida, e do Divino Espírito Santo, depositamos o presente
e o futuro de todos os jovens da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013", conclui.
(SP)