2013-07-02 12:41:15

Nigéria: continua a fuga de cidadãos em direção de Camarões


Iaundé (RV) – Continuam buscando abrigo no norte de Camarões, na fronteira com o estado nigeriano de Borno os cidadãos da Nigéria obrigados a fugir das violências do grupo fundamentalista “Boko Haram”. O jornal vaticano, “L’Osservatore Romano” traz o apelo da Caritas local: “Se nenhuma ação for organizada nas próximas semanas, o risco de uma tragédia humanitária será inevitável”, informam fontes da Diocese de Maroua-Mokolo, onde, há mais de um ano começaram a chegar famílias, em sua maioria cristãs e animistas, assustadas com a violência entre “Boko Haram” e o exército.

A situação tornou-se ainda mais delicada nas últimas semanas, ao ponto que, só no último dia 10 de junho, quase dez mil pessoas atravessaram a fronteira entre a Nigéria e Camarões. Mais dificuldades devem chegar com o início, já iminente da estação das chuvas. A Caritas destaca, portanto, a situação de quarenta mil famílias refugiadas nos Distritos de Koza e Mayo e no Departamento de Mayo Sava.

“Notamos com tristeza – escreve numa carta o responsável da Caritas, Edouard Kaldapa — um completo silêncio sobre a realidade dessas populações refugiadas”. “Esta situação se arrasta há mais de um ano e nem a mídia nacional nem aquela internacional se interessaram. Ninguém quer correr o risco de se aproximar dessas áreas isoladas nos montes Mandara e do Extremo-Norte e, no entanto, as necessidades são urgentes”, continua o dirigente na Caritas.

A agência humanitária católica, preocupada pela falta de acesso à água e as condições higiênicas precárias, lança um apelo por uma resposta rápida. “O pouco que estas pessoas trazem consigo – explica Kaldapa — acaba depressa. Estamos entrando na época das chuvas e este é o momento para trabalhar no campo para colher o necessário e assim dar de comer às famílias, mas sem terra à disposição para os refugiados será difícil”.

O ambiente geral é de grande insegurança: “apesar da presença de alguns homens do Batalhão de intervenção rápida (as forças especiais enviadas na área pelo governo camaronês), os refugiados e a população local vivem na insegurança”. (SP)








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