Cidade do Vaticano (RV) – Estamos
a pouco mais de 3 semanas do início da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro,
com a participação de jovens provenientes de todas as partes do mundo, e do Santo
Padre. Nos últimos tempos o Papa Francisco tem insistido cada vez mais com os jovens
a participarem deste evento, e a compartilharem a sua fé ao mundo. O Santo Padre não
se cansa de evocar aos jovens: “não tenham medo de andar contracorrente”. Uma frase
que cada vez mais entra no vocabulário de nossos jovens, que ao contrário do que pensam
muitos, não estão adormecidos, mas estão inquietos; as manifestações nas principais
cidades do Brasil evidenciam isso. São jovens com gritos entalados nas gargantas que
desejam expressar a sua posição “contracorrente”, a posição de jovens que sabem olhar
para o futuro.
O Papa Francisco afirmou nos dias passados que muitos desejam
roubar o futuro, a esperança dos jovens propondo valores que estão envenenados, como
uma comida estragada que faz mal. Os jovens devem ir contracorrente, e devem ser os
primeiros a ter o orgulho disso sem jamais renegar a voz da consciência, a voz da
verdade. A Jornada Mundial da Juventude no Rio será um desses momentos em que a força
do jovem se fará sentir através do seu ser jovem, da alegria que irá invadir o Rio,
do sorriso multi-étnico que vai girar pelas ruas da Cidade Maravilhosa, pela explosão
de esperança e fé que os jovens vão dar.
O Papa vem insistindo muito com os
jovens para que eles sejam os protagonistas de seu futuro, que jamais deixem roubar
suas esperanças, que tenham a “coragem” de remar “contracorrente” na sociedade atual,
apresentando aos seus contemporâneos os grandes ideais. E o segredo para tudo isso
é permanecer firmes no caminho da fé. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões
que possam amedrontar o jovem se ele permanecer unido a Cristo “como os ramos unidos
à videira”. O próprio Papa Francisco em um discurso tempos atrás falava que o caminho
de quem crê não é fácil, que o caminho do jovem não é fácil, está cheio de dificuldades
e tribulações.
Seguir Cristo é um caminho difícil, comprometedor, com muitos
obstáculos. Mas a novidade de ir contracorrente, de ser jovem, cristão, ter fé, é
exatamente o contraponto às inovações do mundo, que como afirmou o Papa Francisco
“são todas provisórias, são passageiras”. Mas a novidade que os jovens podem sentir
e viver, e poderão experimentar na JMJ do Rio, é a novidade de Deus que dá sentido
à vida de modo definitivo, e não no futuro, mas no hoje, no agora da vida. Deus faz
novas todas as coisas e através de nós, dos jovens quer transformar o mundo onde vivemos.
“Ir contracorrente faz bem para o coração”, diz Papa Francisco, e mesmo se nos sentimos
pobres, frágeis e pecadores, “Deus dá força à nossa debilidade, riqueza à nossa pobreza,
conversão e perdão aos nossos pecados”.
Os jovens são destinados a grandes
coisas e faz parte desse momento de juventude, a esperança, o sonho, o ideal. É preciso
arriscar para obter a realização dos grandes ideais. Os jovens devem assumir o seu
protagonismo dentro e fora da Igreja para que sejam atores da sociedade nova que se
reinventa a cada dia. A juventude é um momento único da nossa vida, jamais se repetirá.
É preciso viver esse período como ocasião de ouro para ser construtor de um mundo
melhor, para ser corajoso e “contracorrente!”. Jamais deixar de lado aqueles valores
do Evangelho que nunca são efêmeros, mas que são portadores da verdadeira felicidade.
(Silvonei José)