2013-06-27 10:42:43

EUA: bispos contra decisão do Supremo Tribunal


Washington (RV) - A Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América (USCCB) afirmou na tarde desta quarta-feira, 26, que a decisão do Supremo Tribunal que obriga o Governo federal a reconhecer casamentos entre homossexuais representa um “dia trágico” para o matrimônio e o país. “O Supremo Tribunal infligiu uma profunda injustiça ao povo americano ao anular em parte o ato federal de defesa do casamento. O Tribunal agiu mal”, assinala uma nota divulgada pela Conferência.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América, numa votação apertada de 5 a favor e 4 contra, declarou inconstitucional uma lei federal segundo a qual nem o Governo federal nem outros Estados ficariam obrigados a reconhecer a validade de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, celebrados em Estados que os tivessem legalizado.

A lei, conhecida como ‘Defense of Marriage Act’ (DOMA), tinha sido aprovada em 1996. Segundo os bispos católicos, o governo deve “respeitar a verdade de que o casamento é a união de um homem e uma mulher, mesmo que os Estados não o façam”.

A Conferência Episcopal dos Estados Unidos lamenta, por outro lado, que o Supremo Tribunal tenha optado por não se pronunciar sobre a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Estado da Califórnia, onde foi aprovada judicialmente e posteriormente rejeitada pelos eleitores num referendo estatal, abrindo portas a um contencioso que foi resolvido nos tribunais, mantendo a primeira decisão.

“Agora que o Supremo Tribunal emitiu as suas decisões, apelamos aos nossos líderes e ao povo desta boa nação, com renovado vigor, para ficarem firmes, juntos, na promoção e defesa do único significado do casamento: um homem, uma mulher, para toda a vida”, lê-se na nota.

A declaração do Presidente dos bispos estadunidenses, Cardeal Timothy Dolan (Nova Iorque) e do Arcebispo Salvatore Cordileone (San Francisco), responsável pela subcomissão para a promoção e defesa do casamento, conclui com pedidos de oração para que as decisões do Tribunal sejam “revistas e suas implicações esclarecidas”. (SP)








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