Congregação para as Igrejas Orientais lamenta morte de sacerdote na Síria e pede que
"silenciem as armas"
Cidade Vaticano (RV) – Foi morto no último domingo em Ghassanieh, no vale de
Oronte, a 120 quilômetros de Aleppo, no nordeste da Síria, o sacerdote François Murad,
de 49 anos. O monge eremita estava abrigado no convento franciscano de Santo Antônio
de Pádua que foi tomado por milicianos ligados ao grupo jihadista Jabat al-Nusra.
Nos últimos tempos, o religioso havia enviado algumas mensagens nas quais mostrava-se
consciente de viver uma situação de perigo, e oferecia sua vida pela paz na Síria
e em todo o mundo.
A Congregação para as Igrejas Orientais divulgou nesta terça-feira
uma nota de pesar, ao mesmo tempo em que pede o fim das hostilidades e a paz para
a região. Diz a nota:
“O Cardeal Prefeito, Leonardo Sandri, juntamente
com os superiores e colaboradores da Congregação para as Igrejas Orientais, ao tomar
conhecimento do brutal assassinato do Padre François Murad, na Síria, expressa as
mais sinceras condolências à Igreja Sírio-católica, ao Patriarca Youssef Ignazio III
Younan, à Custódia da Terra Santa, assim como a todos os fiéis desta amada nação.
Na segunda-feira 24 de junho, o sacerdote foi recordado - juntamente às inúmeras outras
vítimas, bem como aos bispos, sacerdotes e leigos seqüestrados -, na habitual oração
que dá início à nova semana de trabalho, na Capela do Dicastério.
O mais recente
episódio de violência, sempre injustificada, desperte a consciência dos responsáveis
das partes envolvidas no conflito e da comunidade internacional, para que, como repetidamente
tem afirmado o Santo Padre Francis, silenciem as armas e se abra finalmente um período
de reconciliação para um futuro de paz.
Como muitas vezes declarou Padre Murad,
o desejo dos cristãos na Síria e em todo o Oriente Médio é aquele de poder permanecer
nos lugares onde ecoou o primeiro anúncio da salvação "mostrando na cotidianidade
dos pequenos gestos, o rosto de Cristo", finaliza a nota. (JE)