Apelo do Papa à Roaco para aliviar os sofrimentos das populações no Oriente
Cidade do Vaticano (RV) – Papa Francisco recebeu, na manhã desta quinta-feira,
na Sala do Consistório, no Vaticano, os participantes da 86ª Assembléia da ROACO,
- Reunião das Obras às Igrejas Orientais, - presidida pelo o Cardeal Leonardo Sandri,
Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.
Após sua saudação aos presentes,
o Santo Padre expressou seu reconhecimento e proximidade a todos aqueles que trabalham
em prol das Igrejas no Oriente; animou-os e os apoiou na prática da caridade, orgulho
dos discípulos de Jesus.
Esta caridade, que brota do amor de Deus em Cristo,
tem seu ápice na Cruz, sinal luminoso da misericórdia e amor de Deus para com todos.
Ela é infundida em nossos corações por meio do Espírito Santo. E o Papa acrescentou:
“Para
mim é “um dever exortar à caridade, que é inseparável daquela fé, na qual o Bispo
de Roma, Sucessor do Apóstolo Pedro, deve confirmar. Neste sentido, o “Ano da Fé”
nos impele a professar, de modo ainda mais consciente, o amor de Deus em Cristo Jesus”.
O Santo Padre pediu aos presentes para colaborar com ele e acompanhá-lo
na “tarefa de unir a fé à caridade, inerente ao serviço do Sucessor de Pedro. Mas,
“a nossa ação só será eficaz se estivermos arraigados na fé, nutrida pela oração,
especialmente pela Santa Eucaristia, Sacramento da fé e da caridade”.
Neste
sentido, o Papa os exortou a continuar sua obra inteligente e atenciosa na realização
de projetos ponderados e coordenados, dando a devida prioridade à formação, sobretudo,
dos jovens. No entanto, “não devemos esquecer que tais projetos devem ser sinais da
nossa profissão de amor a Deus, que constitui a identidade dos cristãos”.
Por
outro lado, recordou o Bispo de Roma, a Igreja, na sua multiplicidade e riqueza de
componentes e atividades, não encontra a sua segurança nos meios humanos. A Igreja,
que é de Deus, confia na presença e ação divinas e leva ao mundo o seu poder, que
é o amor.
A presença dos Patriarcas de Alexandria dos Coptas e da Babilônia
dos Caldeus, como os Representantes Pontifícios na Terra Santa e na Síria, do Bispo
auxiliar do Patriarca de Jerusalém e da Custódia da Terra Santa, disse o Papa, “o
leva espiritualmente aos Lugares Santos da nossa Redenção”, mas também “lhe causa
viva preocupação eclesial” pela condição de tantos irmãos e irmãs, que vivem em uma
interminável situação de insegurança e violência, que não poupa os inocentes e os
mais frágeis.
Papa Francisco concluiu seu discurso, aos membros da ROACO, dirigindo,
mais uma vez, do profundo do seu coração, “um premente apelo”, aos responsáveis dos
povos e dos organismos internacionais, aos fiéis de todas as religiões e aos homens
e mulheres de boa vontade, “para que se coloque um ponto final aos sofrimentos, violências
e todo tipo de discriminação religiosa, cultural e social”.
E exortou ainda:
“Que as divergências, que semeiam morte, cedam seu lugar ao encontro e à reconciliação,
que proporcionam vida”. A todos aqueles que sofrem, o Papa diz com firmeza: “Jamais
percam a esperança! A Igreja está ao lado de vocês, os acompanha e os apóia. E concluiu:
“Peço-lhes
a façam todo o possível para aliviar as graves necessidades das populações atingidas,
de modo particular, às da Síria, como também os deslocados e refugiados, cada vez
mais numerosos”.
Enfim, o Papa Francisco concedeu a todos os representantes
das Instituições e Organismos que trabalham pelas Igrejas Orientais, a sua Bênção
Apostólica! (MT)