Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã da última quinta-feira,
no Vaticano os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria-Geral do Sínodo dos
Bispos, que se reuniram nos últimos dias para auxiliar o Pontífice na escolha do tema
da próxima Assembleia Geral. Em seu discurso, o Papa falou do tema da última Assembleia:
A nova evangelização para a transmissão da fé. Francisco explicou a estreita relação
que existe entre esses dois elementos, já que a transmissão da fé é a finalidade da
nova evangelização e de toda a obra evangelizadora da Igreja, que existe para isso.
Membro do Conselho é o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, Silvonei José
conversou com ele.
R. – Nestes dias debatemos, primeiramente, o tema a ser
indicado ao Santo Padre para a próxima assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos,
que está programado para 2015. A nossa tarefa era a de receber e de analisar as propostas
chegadas de muitos organismos e setores da Igreja. Tentamos individualizar três grupos
temáticos, que naturalmente interessam a vida e a missão da Igreja neste momento.
P.
- O Santo Padre deixou de lado o discurso preparado e falou espontaneamente com os
senhores...
R. – Sim. Conversou, demoradamente com alguns de nós, de maneira
muito familiar e depois quis saber de nós quais os temas que mais se destacaram. Foi
um momento – também aquele – sinodal, diria um momento colegial belíssimo. Naturalmente
o Papa tinha um discurso preparado, que não leu, mas apresentou uma reflexão sobre
o Sínodo, sobre o organismo sinodal e sobre a necessidade de insistir de maneira mais
aprofundada sobre a colegialidade. O Papa não quer governar sozinho, mas como no início
da Igreja: também se todos tinham como ponto de referência Pedro, havia também os
outros Apóstolos e todos tinham um grande interesse por toda a Igreja.
P. -
O Papa anunciou também que será concluída a Encíclica sobre a fé – como ele mesmo
disse - a “quatro mãos” com Bento XVI…
R. – Afirmou que será publicada no Ano
da Fé, que viveremos até o próximo mês de novembro.
P. – Em breve o Santo
Padre chegará ao Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude. Antes
disso, porém, chegarão os jovens: a Arquidiocese São Paulo receberá jovens vindos
de mais de 50 países para a Semana Missionária. Como se vive, neste momento, no Brasil
a espera destes jovens e, depois, do Papa?
R. – O Brasil vive com grande expectativa
esta chegada dos jovens e depois a chegada do papa para a Jornada Mundial da Juventude.
É uma peregrinação para encontrar Cristo: simbolicamente temos no Rio o Cristo Redentor,
símbolo da cidade e conhecido no mundo todo. Também o Santo Padre virá como peregrino,
mas reunindo-se com os jovens: é a Igreja jovem, onde Cristo está presente. A mística
da peregrinação está presente também na preparação. Existem, de fato, dois momentos:
a pré-Jornada que nós no Brasil chamamos a “Semana Missionária” que antecede a Jornada;
e depois a Jornada Mundial da Juventude de 23 a 28 de julho. Na pré-jornada serão
os jovens locais que receberão os jovens de muitas cidades, para ter com eles uma
troca de experiências. Estamo-nos preparando em São Paulo para receber muitos jovens:
estamos prontos para receber até 30 mil jovens; preparáramos um bonito programa para
entreter os jovens. Depois haverá a Jornada no Rio: será, sem dúvida, um momento muito
bonito com a presença de Papa Francisco, que é esperado com muita alegria. Esta é
a primeira viagem internacional que realiza e será, portanto, um momento de grande
beleza e também de grande profundidade. (SP)