2013-06-17 12:11:38

Cardeal Odilo e Papa Francisco


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã da última quinta-feira, no Vaticano os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, que se reuniram nos últimos dias para auxiliar o Pontífice na escolha do tema da próxima Assembleia Geral. Em seu discurso, o Papa falou do tema da última Assembleia: A nova evangelização para a transmissão da fé. Francisco explicou a estreita relação que existe entre esses dois elementos, já que a transmissão da fé é a finalidade da nova evangelização e de toda a obra evangelizadora da Igreja, que existe para isso. Membro do Conselho é o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, Silvonei José conversou com ele.

R. – Nestes dias debatemos, primeiramente, o tema a ser indicado ao Santo Padre para a próxima assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, que está programado para 2015. A nossa tarefa era a de receber e de analisar as propostas chegadas de muitos organismos e setores da Igreja. Tentamos individualizar três grupos temáticos, que naturalmente interessam a vida e a missão da Igreja neste momento.

P. - O Santo Padre deixou de lado o discurso preparado e falou espontaneamente com os senhores...

R. – Sim. Conversou, demoradamente com alguns de nós, de maneira muito familiar e depois quis saber de nós quais os temas que mais se destacaram. Foi um momento – também aquele – sinodal, diria um momento colegial belíssimo. Naturalmente o Papa tinha um discurso preparado, que não leu, mas apresentou uma reflexão sobre o Sínodo, sobre o organismo sinodal e sobre a necessidade de insistir de maneira mais aprofundada sobre a colegialidade. O Papa não quer governar sozinho, mas como no início da Igreja: também se todos tinham como ponto de referência Pedro, havia também os outros Apóstolos e todos tinham um grande interesse por toda a Igreja.

P. - O Papa anunciou também que será concluída a Encíclica sobre a fé – como ele mesmo disse - a “quatro mãos” com Bento XVI…

R. – Afirmou que será publicada no Ano da Fé, que viveremos até o próximo mês de novembro.

P. – Em breve o Santo Padre chegará ao Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude. Antes disso, porém, chegarão os jovens: a Arquidiocese São Paulo receberá jovens vindos de mais de 50 países para a Semana Missionária. Como se vive, neste momento, no Brasil a espera destes jovens e, depois, do Papa?

R. – O Brasil vive com grande expectativa esta chegada dos jovens e depois a chegada do papa para a Jornada Mundial da Juventude. É uma peregrinação para encontrar Cristo: simbolicamente temos no Rio o Cristo Redentor, símbolo da cidade e conhecido no mundo todo. Também o Santo Padre virá como peregrino, mas reunindo-se com os jovens: é a Igreja jovem, onde Cristo está presente. A mística da peregrinação está presente também na preparação. Existem, de fato, dois momentos: a pré-Jornada que nós no Brasil chamamos a “Semana Missionária” que antecede a Jornada; e depois a Jornada Mundial da Juventude de 23 a 28 de julho. Na pré-jornada serão os jovens locais que receberão os jovens de muitas cidades, para ter com eles uma troca de experiências. Estamo-nos preparando em São Paulo para receber muitos jovens: estamos prontos para receber até 30 mil jovens; preparáramos um bonito programa para entreter os jovens. Depois haverá a Jornada no Rio: será, sem dúvida, um momento muito bonito com a presença de Papa Francisco, que é esperado com muita alegria. Esta é a primeira viagem internacional que realiza e será, portanto, um momento de grande beleza e também de grande profundidade. (SP)







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