2013-06-14 18:56:33

Sede homens de fronteira, para construir pontes com mente e coração abertos - Papa Francisco aos escritores de "La Civiltà Cattolica"


Diálogo, discernimento, fronteira, são as três palavras que o Papa Francisco focalizou esta manhã durante a audiência com a comunidade da "Civiltà Cattolica", a revista dos Jesuítas fundada em 1850. O Papa pediu em particular aos escritores daquele jornal quinzenal, dirigido pelo Padre António Spadaro, para serem homens de fronteira, empenhados na construção de pontes e não muros. E, portanto, exortou-os a dialogar também com aqueles que não partilham a fé cristã. O discurso de homenagem foi dirigido ao Papa pelo Superior Geral da Companhia de Jesus, Padre Nicolás Alfonso.
"Estou certo que posso contar convosco", é uma das passagens do discurso do papa Francisco, que sintetiza o clima de um encontro especial, o do primeiro Pontífice jesuíta com a revista dos Jesuítas por excelência, "Civiltà Cattolica". O Papa Francisco, seguindo o ritmo ternário de S. Inácio, centrou o seu discurso em três palavras ou pilares: diálogo, discernimento e fronteira. E exortou imediatamente os seus confrades para "serem duros contra a hipocrisia, fruto de um coração fechado, doente", mas sem erguer barreiras:

"A vossa tarefa principal não é construir muros, mas pontes; é estabelecer um diálogo com todos os homens, mesmo aqueles que não partilham a fé cristã, mas" têm o culto de altos valores humanos" e até com" aqueles que se opõem à Igreja e a perseguem de várias maneiras", disse o Papa citando o documento conciliar Gaudium et Spes.
Dialogar, observa em seguida o Papa Francisco, "significa estar convencido que o outro tem alguma coisa de bom para dizer", "claro, sem cair no relativismo". E acrescentou que "para dialogar é necessário baixar as defesas e abrir as portas" e é isso que a "Civiltà Cattolica" é chamada a fazer, também para oferecer a sua própria contribuição "na formação de cidadãos que têm no coração o bem de todos e trabalham para o bem comum."

Tudo isso requer manter aberto o coração e a mente, evitando a doença espiritual do egocentrismo. Também a Igreja quando se torna auto-referencial, adoece, envelhece. O nosso olhar bem fixo em Cristo, deve ser profético e dinâmico para o futuro: desta forma, permanecereis sempre jovens e audazes na leitura dos acontecimentos, concluiu o Papa.








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