Presidente do Ior defende independência financeira da Igreja
Roma (RV) – “A Igreja necessita ser independente financeiramente e ter uma
instituição destianada a isto, não somente é essencial como é um dever”. Foi o que
afirmou o Diretor Geral do Ior, Paolo Cipriani, entrevistado pelo ‘Il Giornale’.
Na
entrevista, Cipriani recordou que “o Santo Padre tem um apreço pelo Ior, pelos serviços
que prestou e ainda presta e que confia nas pessoas que estão envolvidas em adequar
a instituição ao padrão exigido aos diversos organismos internacionais”
Em
relação à possível reforma do Instituto, o Diretor explicou que “já estamos realizando
há bastante tempo grandes mudanças em relação ao passado, para adequarmo-nos aos tempos,
às necessidades e às novas regras, anteriormente inexistentes. O Ior é e deverá estar
sempre alinhado com as diretrizes internacionais”.
Cipriani observou que a
chegada do novo Presidente da Instituição, o alemão Ernest Von Fryberg, "deu um novo
impulso à comunicação e à transparência”, acrescentando que no Ior “não existem contas
cifradas, nem tão pouco anônimas”. “Cada transação – explicou – é sempre registrada”
e para não deixar nenhum tipo de dúvida “devemos iniciar uma comunicação no modo mais
claro possível. Auguro que a opinião pública consiga entender que o caminho seguido
por todos nós é o da transparência no respeito à privacy”.
Sobre as observações
efetuadas pela Autoridade de Informações Financeiras do Vaticano (AIF), Cipriani explicou
tratar-se “de operações às quais os sistemas constataram algumas anomalias”. “Naturalmente,
as constatações das autoridades de controle não significam que estas operações comportem
lavagem de dinheiro, mas que apresentam características que requerem verificações”.
(JE)