2013-06-10 17:04:33

Card. Tauran: "Devemos reconhecer a ação do Espírito Santo no coração dos homens de nosso tempo".


Roma (RV) - “Mesmo nas circunstâncias mais trágicas, Deus pode fazer surgir a vida. Devemos nos perguntar se somos verdadeiramente, como cristãos, autênticas testemunhas deste Deus que é, ao mesmo tempo, poderoso e bom”. Foi o que afirmou o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran, na missa celebrada neste domingo na Igreja Santo Stefano, em Piobbico (Província de Pesaro e Urbino), no âmbito do Fórum da Cultura Cristã.

“Devemos reconhecer, com gratidão - disse o Purpurado -, a ação do Espírito Santo no coração dos homens de nosso tempo. Penso aos pequenos gestos de atenção, de respeito, de delicadeza, ao imenso patrimônio de voluntariado, à sede de justiça, à retidão moral de tantos homens. Tudo isto é sinal da ação do Espírito de Jesus no coração dos homens”. “Tantas vezes, em meio à incoerência, à intolerância, às injustiças do mundo em que vivemos – prosseguiu - existe quem tem a coragem de convidar a uma maior qualidade de vida, a um uso mais justo dos bens da terra e, neste mundo em evolução os homens se interrogam sobre o sentido de suas vidas, dos seus sofrimentos, da sua morte”. “Todas estas perguntas, na realidade, não são outra coisa que um chamado de Deus, que bate à porta do coração do homem”.

O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso advertiu, que “nós, cristãos, devemos estar atentos para não ver o mundo em maneira somente negativa. Não se trata de viver no passado ou de querer se refugiar do futuro. Trata-se de viver como cristãos hoje, isto é, de acolher a novidade de Cristo ressuscitado, inventando talvez um novo estilo de relações na família, na cidade, para abrir um caminho de encontro, de partilha, de troca”.

“O Papa Francisco – afirmou – nos convida sempre à esperança e deseja que a Igreja seja sempre mais transparente. Radicada há séculos numa civilização à qual contribuiu para elaborar os fundamentos, a Igreja vive hoje inserida em uma nova cultura que não pára de desdobrar-se e da qual ninguém sabe muito bem aonde nos levará”.

Recordando o cientista francês Jean Rostand, agnóstico, mas que buscou Deus por toda a vida, o Cardeal sugeriu: “é, portanto, também para nós, o momento de permitir um novo modo de existir nestas 'novas terras', para sermos, onde vivemos e trabalhamos, sinal do Reino de Deus, que veio e que vem. Não nos deixemos impressionar pelas fraquezas de alguns de nossos irmãos, nem intimidar pelos profetas do infortúnio. A Igreja é antes de tudo a Igreja de Jesus Cristo, vencedor do mal e da morte”. (JE)








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