Sector da saúde pública paralisado na Guiné-Bissau
Os médicos, enfermeiros e técnicos da saúde iniciaram hoje uma greve de 7 dias úteis,
que só termina no dia 13 deste mês. Os três sindicatos da saúde guineense exigem
do governo o pagamento de 9 meses de subsídio de vela, 9 meses de subsídio de isolamento
e revisão da carreira médica. Em cada serviço está apenas um médico, um enfermeiro
e um pessoal de limpeza...para garantir o serviço mínimo.
Neste aspecto os
sindicatos elaboraram uma lista de patologias que devem ser atendidas. Segundo
a Médica de Serviço na Urgência do Banco de Socorro, Maisa Reis só podem ser atendidos
os doentes com "urgências hipertensivas, doentes em estado de coma, pacientes com
hiperglicémia e febres altas acima dos 40º e ferimentos com sangramento. Nas primeiras
horas da greve, os doentes internados abandonaram as enfermarias a procura de tratamento
nas clínicas privadas, no hospital militar que nessa altura serve de alternativa ou
a cura tradicional. O ministro da saúde guineense, Agostinho Cá, afirmou "que a
greve no sector da saúde é preocupante...garantiu que vai reunir com os sindicatos
para encontrarem formas para o levantamento da greve. Agostinho Cá manifestou ainda
estranheza com a lista de patologias que devem ser atendidas durante a greve...afirmou
"que nunca viu situação igual durante os 20 anos ao serviço da saúde.