2013-06-03 18:55:33

Cabo Verde: cristãos oram pela reconciliação e paz


Em sintonia com a Exortação Apostólica “Africae Munus” de Bento XVI, documento guia deste ano pastoral, a paróquia do Sal - consciente da sua vocação como “sal da terra” - prossegue na oração e missão o seu serviço à reconciliação, justiça e paz em África.
Num momento histórico em que parecem não diminuir as perseguições religiosas e os conflitos armados em África, especialmente na região do Sahel, a pequena comunidade católica da ilha do Sal, assinalou neste dia 3 de Junho, com uma eucaristia em Espargos, a festa dos Santos Carlos Lwanga, Kalemba Mulumba, André Kaggwa e outros 19 companheiros.
O testemunho destes cristãos leigos e jovens do Uganda, nos anos 1885-1887, condenados ao martírio pelo fogo e decapitação pelo Rei Mwanda, é um desafio espiritual à fidelidade da fé e denúncia do ódio religioso que ainda se vai sentindo em certos lugares do continente africano e suas ilhas adjacentes. Foram repetidas, na celebração, as recentes palavras de D. Silvano Tomasi (scalabriniano, Observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra) na sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em que afirmou que cada ano, no mundo, morrem cerca de cem mil cristãos por motivos relacionados com a sua fé.
Os cristãos do Sal, em Ano da Fé, evocando os padroeiros de África, recordaram particularmente as vítimas das guerras fratricidas, os migrantes e refugiados das deslocações forçadas, os reclusos privados de liberdade por causa da corrupção judicial, os adolescentes-soldado obrigados a integrar tropas rebeldes, as crianças escravizadas para trabalhos indignos, as mulheres vendidas pelo horrendo tráfico de seres humanos.
No dia em que o Papa Francisco recebeu em audiência o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, a comunidade entregou ainda ao Senhor a nova Era que se abre nas relações entre os Estados do Vaticano e Cabo Verde através da assinatura da nova Concordata.
No próximo ano decorrerão cinquenta anos da canonização dos jovens mártires do Uganda, proclamada pelo servo de Deus, Paulo VI.








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