2013-05-30 10:57:58

Trégua entre as gangues em Honduras: Igreja é mediadora


Tegucigalpa (RV) - As duas maiores e mais perigosas gangues de rua de Honduras declaram nesta quarta, 29, uma trégua e propuseram paz ao governo do país em troca de reabilitação e trabalho. Só no ano passado, 7.172 pessoas foram mortas na guerra entre os esquadrões, que abrigam também grupos de narcotraficantes mexicanos e colombianos.

Um porta-voz da gangue Mara Salvatrucha disse que seu grupo e a organização criminosa rival, Rua 18, se comprometem a não cometer crimes e nem perpetrar atos de violência nas ruas, como gesto de boa vontade. Um líder da gangue, que se identificou a jornalistas apenas como Mario, pediu desculpas à sociedade pelos crimes que nos últimos anos transformaram Honduras em um dos países mais violentos do mundo.

Em entrevista coletiva, o porta-voz, acompanhado pelo Arcebispo de San Pedro Sula, Dom Rómulo Emiliani, e pelo Secretário de Segurança Multidimensional na Organização dos Estados Americanos (OEA), Adam Blackwell, acrescentou: “Nós queremos uma mudança”.

Alguns minutos depois, um líder da gangue Rua 18 conversou com a imprensa e apresentou oferta similar à da Mara Salvatrucha, "se o governo estiver ouvindo". Ele estava com o rosto coberto por um lenço e não revelou seu nome.

Segundo a Organização das Nações Unidas, San Pedro Sula, segunda maior cidade do país e centro industrial, é a cidade do mundo com maior número de assassinatos.
(CM)








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