2013-05-29 11:37:26

Síria: esperança pelos bispos sequestrados


Damasco (RV) – “Existe esperança em relação aos dois bispos de Aleppo sequestrados na Síria um mês atrás. Pedimos para que se difundam os vídeos recentes dos dois bispos e que a Coalizão Nacional da Oposição síria faça todo o esforço possível para libertá-los”: foi o que disse à agência Fides o Bispo Metropolitano Dom Timoteo Matta Fadil Alkhouri, Assistente Patriarcal no Patriarcado sírio-ortodoxo de Antioquia, confrade do Bispo sírio-ortodoxo Gregório Yohanna Ibrahim, nas mãos dos sequestradores assim como o bispo greco-ortodoxo Boulos al-Yazigi.

Dois dias atrás, em Istambul, Abdul Ahad Steipho, Diretor da Coalizão Nacional da Oposição síria, antes de um encontro, disse aos jornalistas que “dois ou três dias atrás um médico visitou os dois bispos. “Estão bem”, disse ele sem fornecer mais detalhes sobre os sequestradores. “Recebemos com alegria e trepidação esta notícia, mesmo se não recebemos nenhuma confirmação ou certeza. Agora sabemos que existe alguém que teve contato direto com os bispos. Isso renova a nossa esperança, essas vozes nos confortam, mas é preciso fazer mais”, explica o bispo à Fides.

“Não sabemos bem de quem e de onde vêm essas informações. Os líderes da Coalizão Nacional da Oposição – prossegue – nos disseram que tiveram notícias, mas não que eles têm o controle sobre a situação”. Segundo afirmações dos Governos da Síria, Turquia e Líbano, os bispos se encontrariam na área entre Aleppo e Turquia, na área de confim, em território sírio. Essa área está fora do controle dos Governos sírio e turco. Existem outros grupos armados que controlam a região.

A Igreja sírio-ortodoxa faz votos de uma solução real: “hoje, lançamos um apelo para entender o que querem os grupos que os mantêm reféns, e que publiquem provas certas, como fotos e vídeos, para confirmar que estão vivos. Estamos prontos a fazer qualquer coisa por eles: queremos entrar em contato com os sequestradores. Ainda não sabemos nada de preciso, não recebemos pedidos. Por isso, continuamos a manter estreito contato com os governos, com a oposição síria e com os líderes islâmicos, mas isso não basta”, diz o Metropolita.

“Esta notícia – reitera o Bispo – dá esperança ao povo sírio. Nós nos preocupamos pelos bispos e pelos sacerdotes sequestrados, mas também por toda a população: nossos fiéis cristãos estão deixando o país, a hemorragia continua e é muito dolorosa para nós”. A solidariedade expressa pelas Igrejas em todo o mundo “é um conforto precioso”: “Continuamos a rezar todos os domingos pelos bispos, a celebrar Missas na Síria, no Oriente Médio e em outros países do mundo. Agradecemos todos e confiamos em Deus. Pedimos ao Papa Francisco que reze por nós”. (SP)







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