JMJ: Papa inaugurará pólo de atendimento a dependentes químicos
Rio de Janeiro (RV) - O tratamento da dependência química no Rio de Janeiro
terá um novo impulso após a Jornada Mundial da Juventude. Durante o evento, no dia
24 de julho, o Papa Francisco inaugurará o Pólo de Atenção Integral à Saúde Mental
(PAI), que deverá atender os dependentes no período de crise.
O pólo é parte
integrante das ações de legado social da Jornada Mundial da Juventude, de acordo com
o vigário episcopal para a Caridade Social e diretor do setor de Legado Social do
COL, Cônego Manuel de Oliveira Manangão. "Se houver necessidade de internação, o hospital
vai oferecer os leitos para a crise", explicou.
O PAI funcionará em um dos
prédios do Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus (HSF), na Tijuca.
O espaço é voltado para o tratamento psiquiátrico, com atenção especial aos dependentes
químicos, inclusive do crack.
O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João
Tempesta, disse acreditar que o PAI será determinante para o tratamento da dependência
química. "O Rio de Janeiro necessitava de um centro integrado de atendimento que oferecesse
a oportunidade de recuperação para os dependentes químicos e tratamento aos que sofrem
de transtornos psiquiátricos. Quantas famílias estão sendo destruídas, especialmente
pelo uso do crack. Tenho a certeza de que o PAI-HSF será o legado social da Jornada
Mundial da Juventude", disse ele.
O projeto é fruto de uma parceria entre a
Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus e a Arquidiocese do Rio.
O pólo contará com uma equipe médica especializada para o atendimento. "O PAI terá
como pilar o Hospital. O trabalho em conjunto é fundamental para um melhor resultado
no tratamento", explicou o Frei Francisco Belotti, superintendente da Associação,
do Hospital e idealizador do Pólo.
Segundo ele, o objetivo é dar um tratamento
digno a todos que sofrem de transtorno psiquiátrico e recuperar os dependentes químicos.
Após o período de internação, que poderá ser entre três e 30 dias, o paciente continuará
o tratamento em comunidades terapêuticas. Serão cerca de 70 leitos numa estrutura
de 2 mil m².
Para o Diretor do hospital São Francisco de Assis na Providência
de Deus, Frei Isaac Prudêncio, o mais importante é a importância social do pólo. "Esse
é o legado da Jornada. Tem uma importância total. Estamos vendo a importância para
o Rio de Janeiro nesse quesito. É um dos pontos mais críticos", complementa.
Está
sendo estruturada uma rede de entidades religiosas para atuar na prevenção ao uso
de drogas e tratamento de dependentes. Serão quatro frentes de trabalho, de acordo
com o cônego Manuel de Oliveira Manangão. Segundo ele, as comunidades terapêuticas
católicas atendem hoje de 150 a 200 dependentes.
"A rede é construída pelas
pastorais e por todas as entidades ligadas à questão da drogadição, todas as comunidades
terapêuticas", destacou Manangão. O grupo já inclui 22 comunidades terapêuticas católicas
no Rio de Janeiro. Dentre elas estão a Pastoral da Sobriedade, a Casa do Menor e as
comunidades católicas Shalom, Maranathá, Toca de Assis e Aliança Missionária.
A
primeira etapa, segundo ele, é a prevenção, trabalho realizado pelas entidades e pastorais.
Os dependentes são identificados através de uma triagem e encaminhados para um ambulatório
no momento da crise ou para acompanhamento à distância. A última fase é o estabelecimento
de um ponto de apoio após a saída da crise. (MJ/www.rio2013.com)