2013-05-25 13:26:37

Repensar a solidariedade - Papa Francisco com os membros da Fundação "Centesimus Annus Pro Pontifice"


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No final da manhã Papa Francisco reuniu-se com os membros da Fundação Centesium Annus Pro Pontifice. Na ocasião o Santo Padre recordou a missão desta fundação instituida pelo Beato João Paulo II com a missão de reflectir e agir no âmbito da Doutrina Social da Igreja. E, desde logo, interrogou-se:

"O que significa "repensar a solidariedade?". Certamente não significa pôr em discussão o recente magistério que, na verdade, mostra cada vez mais a sua clarividência e actualidade. Muito pelo contrário "repensar" acho que significa duas coisas: antes de tudo, combinar o magistério com a evolução socioeconómica que, por ser constante e rápida, apresenta aspectos sempre novos; e em segundo lugar, "repensar" quer dizer aprofundar, reflectir ulteriormente, para fazer emergir toda a fecundidade de um valor - a solidariedade, neste caso – que em profundidade provém do Evangelho, ou seja de Jesus Cristo, e portanto como tal contém potencialidades inesgotáveis."

Colocando em destaque a actual crise económica que torna ainda mais necessário este repensar da solidariedade, não deixou de salientar o maior problemas de todos:

"É um fenómeno, esse do desemprego – da falta e da perda do trabalho - que se está espalhando como fogo em grandes áreas do Ocidente e que está alargando de forma preocupante os limites alarmantes da pobreza. E não existe pior pobreza material, gostaria de salientá-lo, do que aquela que torna impossível ganhar o próprio pão e priva da dignidade do trabalho. Praticamente esse "algo que não funciona" já não diz respeito apenas ao Sul do mundo, mas a todo o planeta. Daí a necessidade de "repensar a solidariedade" não mais como simples assistência em relação com os mais pobres, mas como um repensamento global de todo o sistema, como busca de caminhos para reformá-lo e corrigi-lo de forma coerente com os direitos fundamentais do homem, de todos os homens."

Fazendo várias referências ainda à crise actual e citando mesmo a encíclica de Bento XVI Caritas in Veritate, o Papa Francisco terminou com um desejo para o futuro:

"Devemos retornar à centralidade do homem, a uma visão mais ética da actividade e das relações humanas, sem o medo de perder alguma coisa."








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