Mais de 260 milhões de pessoas sofrem discriminação baseada em castas
Nova York (RV) - Um grupo de relatores das Nações Unidas, que promove os direitos
humanos, está fazendo um apelo por maior proteção para mais de 260 milhões de vítimas
de discriminação baseada em castas.
Essas pessoas ocupam o nível mais baixo
de sistemas rígidos e hierárquicos de castas, baseados em noções de pureza, poluição
e desigualdade. Segundo os relatores, eles sofrem marginalização, exclusão econômica
e social e acesso limitado à água, saneamento e emprego.
Índia e Nepal
Os
Dalits, do Sul da Ásia, formam a maioria das vítimas, conhecidas como "intocáveis."
Eles vivem em países como Índia, Nepal e Paquistão.
Em nota divulgada sexta-feira,
24, os especialistas da ONU destacam que a discriminação por castas "continua sendo
difundida e o nível de impunidade é muito alto". Para os relatores, "ninguém deve
ser estigmatizado".
Eles afirmam que mulheres e meninas Dalits são expostas
a várias formas de discriminação e violência, incluindo abuso sexual.
Pobreza
Extrema
Os relatores lembram que há dois anos, o Nepal instituiu uma lei contra
a discriminação por castas e pedem a outras nações que adotem legislações do tipo
e também que punam os responsáveis por esses crimes.
Para os especialistas
da ONU, esse tipo de preconceito precisa ser tratado como um "fator estrutural da
pobreza". Os relatores destacam a necessidade de ação específica para tirar os Dalits
da pobreza e fechar a lacuna que existe entre eles e o resto da sociedade.
A
questão da discriminação dos dalits foi tema da Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos, celebrada no Brasil de 12 a 19 de maio. (cm-ONU)