2013-05-23 14:01:29

Continua a tortura no mundo


Roma (RV) - Cento e doze países torturaram seus cidadãos, em 80 se realizaram processos iníquos, em outros 57 prisioneiros políticos ficaram na prisão: são os números mais significativos do relatório anual da Anistia Internacional, que descreve as violações dos direitos humanos em 159 países e territórios. O texto de 2013 sublinha como o mundo está cada vez mais perigoso para refugiados e migrantes.

Fogem das violações e dos conflitos, procuram refúgio e melhores oportunidades, acabam se tornando uma “sub-classe global”, os seus direitos não são respeitados, “em nome do controle da imigração, agindo muito além das legítimas medidas de controle nas fronteiras”. O relatório da Anistia 2013 nos recorda que os migrantes são 214 milhões, que 12 milhões são os apátridas, que 15 milhões são registrados como refugiados, para todos eles o mundo está cada vez mais perigoso. Para eles passar a fronteira de um país é mais difícil que para as armas.

Eis o que disse à Rádio Vaticano, a Diretora geral de Anistia Itália:

“O tema da imigração é o tema dos conflitos, das crises que produzem os deslocamentos, e não é enfrentado se não de modo populista e muito prejudicial às pessoas mesmas. Por isso, tende-se a proteger muito as fronteiras, tudo aquilo que se refere ao acesso de pessoas em fuga, pessoas em busca de proteção. Esses milhões e milhões de pessoas se encontram em perigo, expostos a quaisquer tipos de abuso. Falamos de estupros de mulheres, falamos de vítimas do tráfico de mulheres e crianças, falamos de trabalho forçado, de escravidão”.

São muitas as crises e as guerras que levaram no ano passado milhões de pessoas a fugirem de seus países. O conflito na Síria registrou até o momento um milhão de 400 mil refugiados que se deslocaram para os países vizinhos, sobretudo o Líbano. Mas no relatório são citadas também fugas da Coreia do Norte, do Mali, que registrou o seu pior ano de violações, da República Democrática do Congo e Sudão, países dilacerados por conflitos armados. (SP)








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