Igreja e migração forçada na plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes
e os Itinerantes
Cidade do Vaticano (RV) - Teve início, nesta quarta-feira, no Vaticano, a 20ª
plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes.
"Jesus
Cristo, estrangeiro em nosso meio, deve interpelar o nosso ser e agir como cristãos",
frisou hoje o presidente desse organismo vaticano, Cardeal Antonio Maria Vegliò, na
abertura da assembleia.
"A presença e o sofrimento dos migrantes são um desafio
para a nossa fé. Devemos entender e implementar respostas necessárias", disse ainda
o purpurado.
De um lado, ampliou-se o mandato das agências da ONU e outros
organismos especializados para atender pelo menos 100 milhões de pessoas que deixaram
suas casas e estão em exílio. De outro, a presença dessas pessoas que deixaram forçadamente
suas terras é considerada um problema pela comunidade internacional e pelos governos
de países onde a opinião pública se fecha em seus próprios interesses, ameaçando os
espaços de proteção de migrantes, refugiados, deslocados, vítimas do tráfico internacional,
explorados no trabalho, prostituição, nômades, ciganos e estudantes estrangeiros.
Esta
manhã foi abordada a questão da migração forçada da África para a Europa e a possibilidade
de que as pessoas obrigadas a deixar seu país possam apresentar pedidos de proteção,
antes mesmo de chegar à fronteira, às sedes diplomáticas no exterior. (MJ)