Como os conceitos de 'autonomia' e 'subjetividade' influenciaram a convocação do Concílio
Vaticano II
Cidade do Vaticano (RV) – Dentro do Quadro Memória Histórica, continuaremos
no programa de hoje a abordar o contexto sócio-cultural que criou condições para a
convocação do Concílio Vaticano II.
No programa passado, nos detivemos sobre
as novas concepções trazidas pela ciência, especialmente a partir da influência de
cientistas como Copérnico, Galileu, Newton e Darwin. Os novos instrumentos de interpretação
do mundo criaram um conflito com algumas concepções religiosas, especialmente em relação
à Criação.
No programa de hoje, vamos abordar outros aspectos da cultura moderna,
que foram decisivas para modificar profundamente o contexto envolvente do Concílio,
como o subjetivismo e a autonomia.
O por assim dizer, surgimento da subjetividade,
significou a tomada de consciência por parte do homem moderno de sua liberdade, autenticidade,
autonomia, em contraste com a situação anterior de dependência das forças da natureza,
das tradições familiares, religiosas e culturais. Já não as acatava por si mesmas,
mas as fazia passar pelo crivo de sua de sua própria experiência e maneira de ver
as coisas. O existencialismo que imperava nas academias tornou-se um modo comum de
as pessoas pensaram e viveram. Assim verdades e valores, que em outros tempos eram
impostos pela força da autoridade e das tradições, agora eram questionados pelas pessoas
a partir da própria vivência, gosto e prazer.
O teólogo jesuíta Padre João
Batista Libânio, continua a sua reflexão sobre o contexto sócio-cultural, abordando
hoje os conceitos de subjetividade e a autonomia. Ouça aqui: